A derrota forjada beneficiou o selecionado que busca o tri-campeonato da competição. Rússia e Estados Unidos também perderam em nome da estratégia.
Vencer é tudo?
A vitória é a única coisa que realmente importa?
É certo usarmos todos os artifícios, possíveis e permitidos, para conquistar os nossos objetivos no esporte e estender esse pensamento em nossa vida pessoal e profissional?
O esporte vem sofrendo grandes mudanças devido ao avanço da tecnologia e da prioridade em transformar o prazer popular em um negócio de alta rentabilidade. Com isso a ética fica cada vez mais desvalorizada quando é confrontada pela vitória a qualquer custo. O importante é vencer, mesmo com algumas manchas nessa trajetória.
Esse ano foi muito discutido a atitude da Ferrari e de seu piloto, Felipe Massa, pela a ultrapassagem de Fernando Alonso no GP da Alemanha. Por causa dessa marmelada à italiana, o espanhol está mais vivo do que nunca na briga pelo título. Quem pagou o caro ingresso da corrida e quem ficou na frente da TV foi passado para trás junto com o carro vermelho de Massa.
Artifício semelhante foi usado pela mega-campeã seleção brasileira de Vôlei no Mundial da Itália. A derrota forjada beneficiou o selecionado que busca o tri-campeonato da competição. Rússia e Estados Unidos também perderam em nome da estratégia.
Bernardo Rezende, o Bernardinho, é de longe o técnico mais competitivo do esporte contemporâneo. Dono de um currículo invejável no vôlei masculino e feminino, Bernardinho foi picado pela mosca da antiética e priorizou o possível título. Vaiada, a seleção foi motivo de protesto no jogo contra a Bulgária.
Enquanto isso no mundo real, o brasileiro continua vibrando com títulos sem honra e com resultados mascarados, porém quando tem o poder de mudar, a começar na política, sem responsabilidade reflete a imagem que assume nas pistas, ginásios, campos de futebol e na frente da TV...
De palhaço...
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