Polemica, questionada e desprezada. A bola da Copa do Mundo de 2010 vive seus dias de auto-afirmação. Inimiga dos goleiros, a Jabulani abre seu coração e se defende das criticas dos jogadores e lamenta a falta de alguns amores.
Confiram a entrevista:
Estanislau Junior: Jabulani, como você encara as acusações sobre seu peso, seu material e sua bipolaridade na hora do chute?
Jabulani: Primeiramente muito obrigado pela oportunidade de me defender, pois até agora eu sofri calada. O meu peso é o recomendado pela FIFA. Sigo uma dieta rigorosa para manter meus 440 gramas. Nem quando me molho eu engordo, pois não absorvo água de jeito nenhum. Meu material é de primeira. Esses dias eu conversava com minha avó, que esteve na Copa de 70, e ela me disse que se eu estivesse lá o mundial do México seria mais maravilhoso ainda. Eu não sou bipolar, apenas reajo da maneira que me chutam. Sabendo me chutar eu obedeço.
Estanislau Junior: A seleção brasileira te comparou com uma bola de supermercado, uma bola sobrenatural e uma patricinha. Você ficou chateada?
Jabulani: O Julio Cesar me deixou chateada. Logo ele que sabe quase todos os segredos da bola. Luis Fabiano precisa jogar mais para depois falar. Tem passado em branco e agora quer achar culpado. Agora, o seu Felipe Melo é um fanfarrão. Foi considerado o pior jogador do campeonato italiano e fala com a autoridade de um Zidane ou Maradona. E coitada da mulher dele, será que ela é Patricinha? Se não for, olha a Lei Maria da Penha...
Estanislau Junior: E os frangos dos goleiros da Inglaterra e de Gana, como você explica?
Jabulani: Em uma competição de alto nível você tem que estar ligado a todo o momento. Em 82 o goleiro Valdir Peres sofreu com minha mãe. Em 98 o espanhol Zubizarreta passou vergonha com minha tia. Em 2002 o goleiro Seaman não achou a minha irmã. Não gostamos de goleiros, é a nossa missão dar alegria ao povo e esses senhores tentam impedir.
Estanislau Junior: Você encontrou com alguém antes da Copa?
Jabulani: Sim. Disputei o campeonato alemão e o campeonato argentino. Ofereci meus serviços para a seleção brasileira, mas lá tem outra família (patrocínio) e me ignoraram. Você já viu a bola do Paulistão? Ela é bizarra. Vai entender os brasileiros, né. Agora reclamam...
Estanislau Junior: Você tem alguma mágoa do futebol brasileiro?
Jabulani: Tenho! Sou apaixonada pelo Neymar, pelo Hernanes, pelo Ronaldinho Gaúcho e pelo Paulo Henrique Ganso. O Seu Dunga ficou sabendo disso e não os trouxe para a África. Mas eu me vingo, pode deixar!
Estanislau Junior: Você torce por alguma seleção?
Jabulani: Não! Eu carrego as cores de todas as nações e não tenho preferência. Mas gosto de carinho. Gostaria de ter nascido em 82 e ter flertado com a seleção do seu Telê. Até hoje eu acho atraente o Zico, o Sócrates, o Junior, o Falcão... E se eu fosse muito agraciada tinha ainda o Serginho Chulapa para me dar dura e voltar para a realidade.
Estanislau Junior: Gostaria de deixar alguma mensagem?
Jabulani: Sim. Em 1969, a minha avó pediu junto com o rei do futebol, o Eterno Pelé ou Pelé Eterno, mais atenção com as criancinhas. Hoje continuo pedindo mais atenção para as criançinhas e também para o planeta de um modo geral. Não é possível ainda ver tantos desperdícios de alimentos, água e principalmente de craques que ficaram de fora da Copa. Temos que ser guerreiros, mas acima de tudo temos que ser inteligentes também e promover a alegria de cada pessoa desse mundo. Seja ela rica, pobre, velha, nova, enfim, não excluir ninguém.
Estanislau Junior: Muito obrigado pelo carinho e diferente da seleção de dunga, a Jabulani deu entrevista com muito sorriso.
Blog do Lau
segunda-feira, 14 de junho de 2010
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1 comentários:
Bom post Lau, engraçado e Muito Provocador.
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