Blog do Lau

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segunda-feira, 29 de março de 2010

Palavras, personagens de seu Armando Nogueira

Hoje quando acordei senti o dia triste. O Sol não brilhava como antes e faltava cor em todas as coisas. Não ouvi o cantar dos pássaros e nem o ronco dos motores dos veículos que transitavam a rua de casa. Era um silencio ensurdecedor.

Tentei encontrar a razão dessa reviravolta, mas as palavras não estavam comigo. Fiquei preocupado. Cadê vocês, cadê?

Foi quando algumas delas se rebelaram ao se juntar para me falar: O mestre se foi...

O mestre é Armando Nogueira. Um mágico, um fenômeno, um gênio.

Existem pessoas que nos fazem acreditar que o mais improvável é simples e fácil. Os dribles de Mané Garrincha, tão imortalizados nas suas crônicas, os arremessos de Jordan, o pilotar de Senna, as notas de Hendrix e o punhado mágico de palavras de Armando.



Como um general, ele orientava cada ponto. Posicionava os verbos, as preposições, enfim, organizava o desarrumado.

A sua importância para o jornalismo é tamanha que através dela um texto deixa de ser uma mensagem para se tornar personagem de um momento. É a peça que faltava e que se encaixou perfeitamente.

Criador da melhor mesa redonda que já existiu, seu Armando compunha com João Saldanha e Nelson Rodrigues uma inesquecível aula de inteligência. Até para quem nunca assistiu o programa, como eu.

Seu Armando Nogueira não morreu, apenas se aposentou de um mundo medíocre e sem tempo.

Seu Armando se imortaliza em sua obra perfeita e irretocável.

Obrigado seu Armando Nogueira...

quinta-feira, 25 de março de 2010

Bolão do Lau: Corinthians x São Paulo







Uma maneira divertida de encarar o clássico das rusgas. E o vencedor leva prêmio!



1. Qual será o placar da partida? (10 pontos)

2. Gol no primeiro tempo? (2pontos) Sim ou Não.

3. Gol no segundo tempo? (2pontos) Sim ou Não.

4. Qual jogador marcará o primeiro gol? (7 pontos) O apostador poderá escrever nenhum, caso acredite que o jogo ficará empatado sem gols.

5. Quem começará o jogo, ou seja, quem soltará a bola? (4 pontos)

6. Cartão amarelo? (2 pontos) Sim ou Não.

7. Cartão vermelho? (2 pontos) Sim ou Não.

8. Pênalti? (2 pontos) Sim ou Não.

9. Renda do jogo? (8 pontos) Quem mais se aproximar da renda levará os pontos.

Se o vencedor for corintiano, o sortudo ganhará o ping-pong card do Palhinha. Se for são- paulino, o ping pong card será do Dario Pereira.

São relíquias. Para quem ama o clube, é um presente legal.

Aguardo as apostas que poderão ser feitas também no http://lanceactivo.com.br/laujr/Perfil

Podem apostar quantas vezes quiser!

No final da aposta deixe o seu endereço.

domingo, 21 de março de 2010

Quem vai pagar a conta da Libertadores?

O torcedor brasileiro que vai ao estádio é o maior otário do mundo. Não tem banheiro decente, não tem transporte seguro e não tem conforto nenhum.

Tirando as torcidas uniformizadas e não organizadas que ganham os ingressos dos diretores corrompidos e quando não os vendem (no caso mais recente da Mancha alguma coisa verde) brigam desprestigiando o time do “coração”, o restante da torcida é lesada e maltratada.

Muitos dizem que isso é cultura. Bom, eu acho que sacanagem mesmo.

Mas esse ano a Libertadores vem se tornando um tormento para os torcedores. Por cauda desse torneio, Corinthians e São Paulo, para falar só do estado de José Serra, vem “roubando” seus apaixonados torcedores.

Todo começo da temporada é aquela festa. Em um clube a sirene toca quando chega algum reforço. No outro o presidente apresenta o jogador com um belo discurso. Mas eles não jogam. E quando jogam, simplesmente não jogam...

Essa história de rodízio lesa quem paga a conta. Ninguém mais sabe escalar o time e olha que já estamos no final de março sem saber o elenco ideal. Mas o preço continua salgado nas bilheterias.

Essa obsessão de conquistar a Libertadores vai causar uma ferida incurável no restante da temporada para corintianos e são paulinos. Quer perder ou se os dois perderem, como vão explicar o tal rodízio. Nas primeiras partidas, tudo bem, mas ainda insistir em poupar os trabalhadores já é demais.

Apesar de irem bem na fase de grupos, Corinthians e São Paulo ainda não deram o espetáculo condizente ao valor cobrado pelo couvert artístico. Cada jogo sem graça e, principalmente do caso corintiano, um time medroso e acéfalo.

Espero que a fase mata-mata, ou morre-morre, comece logo e o time ideal se apresente para por fim as desculpas de Mano Menezes e Ricardo Gomes.

Enquanto isso vamos morrendo de inveja da alegria e ousadia do time do Santos que cobra caro, porém trabalha direito não agredindo o código de defesa do consumidor e o estatuto (está puto) do torcedor...

quinta-feira, 11 de março de 2010

Empresa de grande porte contrata centroavante

A remuneração é alta. O candidato pode optar por receber um alto salário por mês ou participar diretamente dos lucros. Lembrando que a participação poderá chegar até 80%, dependendo da conversa.

Não importa se você é alto, baixo, gordo ou careca. Não temos preconceito. Para desempenhar a função não precisa estar voando não. O que vale é a exposição dos parceiros em nossos uniformes.

Também não precisa falar bem, porque o nosso presidente é bem simples, viu.
A empresa é fantástica. Temos academia, mas não precisa usar. Temos um horário definido, mas podemos revê-lo, não assuste. Temos também metas no ano, mas sabe como é, nada demais.

Estamos no mercado há 100 anos e nos orgulhamos disso. Ainda não conseguimos construir uma sede própria, mas temos um convenio com a prefeitura e alugamos um imóvel deles. Sai baratinho.

Proporcionamos várias atividades extra - campo para os nossos funcionários, como participações em reality show’s, por exemplo. Quem não gostaria de conhecer a casa mais vigiada do Brasil, não é?

Temos automóveis e caminhões bastante velozes. O logo da empresa fica tão bonito neles!

Mas nós gostamos mesmo é de contratar. Sabe, aqui a experiência vale muito. Ainda não estamos com um programa justo com os funcionários revelados pela casa, mas um dia chegaremos lá.

Só peço um favor, se o senhor interessar pela vaga, por favor economize energia elétrica. A Eletropaulo não perdoa.

Por favor, venha munido de duas fotos ¾, RG, CPF, chuteira e meião. Se não tiver nome no SPC, melhor ainda. Vai que um dia precisamos comprar alguma coisa nas Casas Bahia...

domingo, 7 de março de 2010

As bocas nervosas do futebol brasileiro

Os profissionais da imprensa não são unidos, na sua maioria, mas ao mesmo tempo são corporativistas. É meio louco isso, não é. Como diria Humberto Gessinger, é uma paralela convergente.

A mesma definição vale para os jogadores de futebol também. A classe não se une para melhorar as condições de trabalho e, como no passe de mágica, procuram se defender usando demagogia e hipocrisia.

No caso entre Marcos e Neto, poucos comentaram sobre os motivos que levaram o goleiro a desabafar daquela maneira. Um atleta que sempre foi elogiado pela sinceridade e, por muitas vezes, usado para render boas manchetes para os veículos de imprensa.

O craque Neto, por sua vez, é respeitado pelo jeito simples de analisar o jogo. Confesso que mudo de canal quando todo mundo para ele é um jogador extraordinário. Já vi o comentarista da Bandeirantes criticar, sem tantos motivos assim, o zagueiro Chicão e o técnico Émersom Leão por não serem seus amigos. A imparcialidade é deixada de lado, mesmo contra a sua vontade.

Já o santo goleiro Marcos deixou diversamente seus companheiros no paredão, ao declarar o seu ponto de vista nos microfones.

Até onde a imprensa pode criticar ou elogiar demasiadamente os jogadores?

Até onde os jogadores podem se sentirem acima do bem e do mal e não “engolir” as críticas?

Neto e marcos precisam urgentemente se reciclar, pois só o nome não dá sustentação. Os dois erraram no episódio.

E para provar a demagógica união dos jogadores, o goleiro Bruno do Flamengo, aquele mesmo que já bateu na namorada e promoveu uma festinha regada a prostitutas e coisas e tal, defendeu o bebêzão Adriano no incidente do baile funk.

“Quem nunca saiu na mão com uma mulher?”, disse o goleiro em alto e bom som nos microfones de diversas empresas de comunicação.

Nenhum profissional da imprensa teve peito para corrigir o falastrão.

Eu nunca bati em mulher não, cara pálida.

O microfone é uma arma apara quem não sabe usá-la. Pode ser da imprensa ou atleta, tem que ligar primeiro o cérebro para depois falar.

Nota zero na relação de um país que ainda gatinha no profissionalismo exigido, em todos os setores, para uma Copa do Mundo...