São Paulo joga por Mundial ou pela Série B

O São Paulo Futebol Clube passa pelo momento mais delicado dos últimos anos de sua rica história vencedora. Presença garantida nas ultimas sete participações da Libertadores, o tricolor vê a sua vaga seriamente ameaçada no ano que vem. Com um time ainda sem consistência, uma zaga displicente e um meio campo sem criatividade, dificilmente outra arrancada do estilo de 2008 e 2009 voltará a acontecer nesse BR-10. Por isso que o jogo contra o internacional vale uma sobrevida no principal projeto do clube.



Sem patrocínio na camisa, cuja meta era chegar aos R$ 40 milhões nesse ano e sem o aluguel do Morumbi para os clássicos, apesar dos shows internacionais, o São Paulo não poderá sustentar um time de primeira linha caso não tenha a receita do torneio internacional. As brigas com a CBF e Federação Paulista de Futebol ainda agravam uma possível decadência que poderá deixar um dos clubes mais estruturados do Brasil na Série B em 2012. O sinal vermelho foi acionado. Serão 90 minutos de ascensão ou queda livre.


Não é impossível vencer o Internacional por um ou dois gols de vantagem. Talvez a superação faça a diferença com o apoio da torcida que comparecerá em massa. Quem sabe o Ricardo Oliveira faça igual o Fernandão contra o Cruzeiro e desequilibre a partida. Ricardo Gomes torcerá por isso, apesar de não tem muita mais o que fazer.


Pena que as coisas não são tão simples assim. O Colorado vive melhor momento, dentro e fora de campo, conta com um time rápido e experiente. Celso Roth vê a oportunidade da sua vida e poderá vingar o título brasileiro perdido para o São Paulo em 2008. Se o Inter for eliminado, o treinador provará que não tem a estrela da decisão e amargará o ostracismo da profissão.


Resta agora esperar para ver o comportamento dos jogadores são-paulinos na partida mais importante do século, depois da conquista do Mundial de Clube em 2005.



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