Mais uma vez deu Brasil e mais uma vez pesou a tradição do maior vencedor dos mundiais.
A falta de experiência do técnico Dunga, tão criticada ao longo desses três anos e meio, vem caindo por terra a cada jogo da seleção brasileira. Mesmo sem jogar um futebol alegre, o excrete brasileiro mostra para o mundo uma dedicação poucas vezes vista aliada com um equilíbrio extremamente competente entre a defesa e o ataque.
Sisuda, mas eficiente, a seleção de Dunga e seus pupilos já alcançaram as quartas de finais da Copa.
O Chile, vizinho e adversário da vez, até sonhou com a classificação. Entrou em campo marcando bastante e se arriscando quando o Brasil permitia. Suazo comandava o ataque que parava na elegância de Juan e na soberania de Lucio. Valdivia, que entrou no intervalo, deu mais brilho para o meio campo chileno. Mas ainda foi muito pouco para uma vitória épica dos Maias.
Devido as contusões de Felipe Melo, Elano e Julio Baptista, o técnico brasileiro foi obrigado a escalar um time mais leve e veloz com Ramires e Daniel Alves, além dos retornos de Kaká e Robinho. Em nenhum momento a seleção foi pressionada o suficiente para apavorar a sua torcida. Realmente Deus é brasileiro...
O primeiro gol do jogo saiu de um remake são-paulino entre Kaká e Luis Fabiano. O camisa 10 até não pode estar na sua melhor forma, mas ainda é diferenciado. Fabuloso não perdoa e a artilharia da Copa parece que é questão de tempo. Caixa!
Juan ampliou o placar para o Brasil subindo mais que toda a baixa zaga chilena, depois do cruzamento milimétrico de Maicon. Um prêmio para o zagueiro que tem a elegância de Oscar e Baresi. Ele poderá ser a grande diferença em uma possível final contra a sensação argentina.
No terceiro gol uma grata surpresa. Ramires provou que é volante e meia roubando a bola e deixando o Robinho na cara do gol. Desde de 1970 que um jogador do Santos não marcava em na Copa. Pena que o ex-cruzeirense recebeu o segundo cartão amarelo e está fora da partida contra a Holanda.
Com o placar definido, o técnico brasileiro até promoveu a estreia de Kleberson no time. Quando tudo dá certo até a sua entrevista é light. Melhor partida do Brasil e melhor atuação de Dunga na coletiva.
Enquanto todos apontam o Brasil como previsível, os adversários até aqui não conseguiram decifrar ainda a mistério que ampara a mística da amarelinha. E são devorados impiedosamente.
Mesmo com todas as adversidades parece que os guerreiros brasileiros vão sobreviver na disputada arena da África do Sul.
Faltam três...
1 comentários:
O Brasil do Dunga é chato de se enfrentar.
Fica ali, se defendendo, chamando o adversário. Sabe que sua defesa é forte. E quando rouba a bola, é mortal.
Não é bonito, mas pra ganhar Copa é perfeito.
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