Blog do Lau

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quarta-feira, 30 de junho de 2010

África do Sul 2010, a Copa do exagero

A primeira Copa do Mundo disputada em solo africano gerou muitas expectativas de como seria a sua organização de uma maneira geral. Questionava-se muito da própria estrutura do país que não tem tradição no futebol, não tinha estádios aptos para o evento e suas prioridades básicas estão ainda enterradas na sobrevivência do terceiro mundo. Nesses quesitos a África do Sul passou com nota C, para relembrar o antigo ginásio.



Quando finalmente a bola começou a rolar o que marcou nessa Copa foi o exagero. Tudo veio em doses cavalares como os erros de arbitragem, excesso da utilização do sistema defensivo que culminou em jogos sonolentos e medíocres, a decepção das seleções campeãs, o número de câmeras nas partidas, as deselegâncias dos técnicos e o barulho da vuvuzelas. Tudo junto e misturado.


Os árbitros trapalhões Jorge Larrionda, Koman Coulibaly, Stehane Lannoy, Wolfgang Stark e Roberto Rosetti foram condenados pelas varias câmeras das transmissões. Erros graves mundialmente propagados pela mídia. A justiça não é mais cega, mas a impunidade continua soberana.


As badaladas seleções da França e da Itália, campeã e vive em 2006, arrumaram as malas mais cedo e decepcionaram as suas apaixonadas torcidas. No caso francês a vergonha foi maior. Teve greve, xingamentos, corte de jogador e uma infeliz grosseria do técnico Raymound Domenech que só foi superada pelos murmuros do técnico Dunga na entrevista coletiva.


De menos ficaram os belos gols e jogadas que, por culpa da Jabulani ou não, não foram protagonistas do mundial.

Mesmo assim essa Copa atípica poderá se consagrar caso uma final entre Brasil e Argentina se confirme no próximo dia 11.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Morenas x loiras no futebol

Cansados de ver jogos desses “malacabados” como o Tevez, o Lucio e a seleção do Japão?

Que tal assistir um clipe onde as morenas desafiam as loiras com banho de champagne no final?

Então é só conferir:

segunda-feira, 28 de junho de 2010

DECIFRA-ME OU TE DEVORO!


Mais uma vez deu Brasil e mais uma vez pesou a tradição do maior vencedor dos mundiais.

A falta de experiência do técnico Dunga, tão criticada ao longo desses três anos e meio, vem caindo por terra a cada jogo da seleção brasileira. Mesmo sem jogar um futebol alegre, o excrete brasileiro mostra para o mundo uma dedicação poucas vezes vista aliada com um equilíbrio extremamente competente entre a defesa e o ataque. 
Sisuda, mas eficiente, a seleção de Dunga e seus pupilos já alcançaram as quartas de finais da Copa.
O Chile, vizinho e adversário da vez, até sonhou com a classificação. Entrou em campo marcando bastante e se arriscando quando o Brasil permitia. Suazo comandava o ataque que parava na elegância de Juan e na soberania de Lucio. Valdivia, que entrou no intervalo, deu mais brilho para o meio campo chileno. Mas ainda foi muito pouco para uma vitória épica dos Maias.

Devido as contusões de Felipe Melo, Elano e Julio Baptista, o técnico brasileiro foi obrigado a escalar um time mais leve e veloz com Ramires e Daniel Alves, além dos retornos de Kaká e Robinho. Em nenhum momento a seleção foi pressionada o suficiente para apavorar a sua torcida. Realmente Deus é brasileiro...

O primeiro gol do jogo saiu de um remake são-paulino entre Kaká e Luis Fabiano. O camisa 10 até não pode estar na sua melhor forma, mas ainda é diferenciado. Fabuloso não perdoa e a artilharia da Copa parece que é questão de tempo. Caixa!

Juan ampliou o placar para o Brasil subindo mais que toda a baixa zaga chilena, depois do cruzamento milimétrico de Maicon. Um prêmio para o zagueiro que tem a elegância de Oscar e Baresi. Ele poderá ser a grande diferença em uma possível final contra a sensação argentina.

No terceiro gol uma grata surpresa. Ramires provou que é volante e meia roubando a bola e deixando o Robinho na cara do gol. Desde de 1970 que um jogador do Santos não marcava em na Copa. Pena que o ex-cruzeirense recebeu o segundo cartão amarelo e está fora da partida contra a Holanda.

Com o placar definido, o técnico brasileiro até promoveu a estreia de Kleberson no time. Quando tudo dá certo até a sua entrevista é light. Melhor partida do Brasil e melhor atuação de Dunga na coletiva.

Enquanto todos apontam o Brasil como previsível, os adversários até aqui não conseguiram decifrar ainda a mistério que ampara a mística da amarelinha. E são devorados impiedosamente.

Mesmo com todas as adversidades parece que os guerreiros brasileiros vão sobreviver na disputada arena da África do Sul.

Faltam três...

Caso de polícia no Flamengo


O goleiro Bruno do Flamengo, que já esteve envolvido em festa regada a mulher e briga em seu sitio, está sendo observado pela policia devido ao sumiço de sua namorada Eliza Samudio, de 25 anos. Eliza tem um filho de quatro meses que alega ser de Bruno, porém o mesmo nega a paternidade.

Afastado da concentração do time pela presidente Patricia Amorim, Bruno é o principal suspeito de um possível crime, segundo a família da estudante.



Confira a matéria do Sportv sobre o caso:


Beleza fora da Copa: Angelina Anderson Demichelis

  Se a Copa do Mundo não está aquelas coisas em se tratando de belos gols e partidas emocionantes, fora da Copa as mulheres dos jogadores fazem sucesso longe de seus maridos.



  A bela senhora Demichelis arrancou suspiros do público ao dançar axé em um programa de auditório igual ao “dança dos famosos” do Faustão. Com uma roupa bastante sensual, Evangelina Anderson conseguiu até tira duas notas 10.


  Assistindo a tudo isso na concentração, o conservador Verón criticou a bela para seu marido. "Não é bom que tua mulher esteja mostrando a bunda na TV, enquanto você 'quebra' a sua para dar o melhor nas partidas da Copa do Mundo", comentou Verón.


  Confira a bela Evangelina se emocione um pouco fora das quatro linhas:


domingo, 27 de junho de 2010

A outra fronteira mexicana

  Agora faltam apenas três partidas para a consagração do estilo maradoniano da Argentina nessa medíocre Copa do Mundo. Estilo esse que encanta pelo amor à camisa alviceleste e pela proposta ofensiva que o tão questionado técnico insiste em bancar. Graças a Deus ou a D10s podemos ver qualidade aliada à ousadia. Um espetáculo a parte na parte de fora do campo.



  Contra o México a Argentina começou bem e levou sorte em fazer um gol irregular no começo da partida. Já tinha tomado uma bola na trave, mas confirmava a superioridade diante um adversário que jogava sem acreditar que poderia vencer. Mesmo com o erro, venceu o melhor, ou a melhor.


  A zaga argentina paga pela aposta de Maradona. Não tem os melhores do mundo e fica exposta quando o ataque perde a bola. A entrega em campo dos defensores pode ser até ser um diferencial, mas se pressionada não garantirá nada. Muito menos o título.


  Para compensar essa fragilidade, o ataque hermano é muito envolvente. Higuaín é matador e prova isso a cada partida. Carlitos Tevez é um motor que não desiste de jogada nenhuma e ainda marca como um lateral. Incansável, o apache deixa muita saudade nos corintianos e foi nome do jogo superando Messi.


  E por falar em Messi, com apoio que nem o mais apaixonado pai dá ao seu filho, Maradona carrega o camisa 10 nos braços. Está claro que um de seus objetivos é fazer La Puga jogar com o mesmo brilho que ofusca os adversários quando veste o manto do Barcelona. Apesar do carinho, Messi ainda não respondeu como se espera.


  O México, por sua vez, ainda não achou a sua identidade no futebol mundial. Não ganhou nenhum título de expressão, não revela muitos talentos e seus clubes disputam a Libertadores apenas para embolar, pois não ganham nada mesmo se forem campeões. Praticamente um São Caetano no meio dos grandes. Novamente foi eliminada nas oitavas de final.


  E eu suspeitei desde o principio...


  Se foi sem querer querendo que o México conseguiu a classificação na primeira fase, a torcida um dia vai acabar perdendo a paciência e não aceitará mais o atraso do aluguel de uma tradição futebolística da grandeza do país.


  Outra fronteira difícil para os amigos mexicanos...

terça-feira, 22 de junho de 2010

Maradona, um D10s profano...

Quando imaginamos um ser divino e superior nós associamos a ele algumas qualidades essenciais para que a nossa crença seja mais intensa, coesa e verdadeira. Perfeição, misericórdia, justiça, bondade, sabedoria, eternidade e amor são as qualidades em questão, indispensáveis em qualquer religião. Porém quando elevamos alguma pessoa ao patamar divino, mesmo que seja apenas no sentido figurado, nós levamos em consideração a sua trajetória ou sua carreira.



No esporte temos vários deuses, reis e príncipes que vendem suas imagens e inflam uma torcida ou até mesmo uma nação inteira. Nessa Copa do mundo a divindade é Diego Armando Maradona.


Maradona não é perfeito. Não tem misericórdia com os adversários e não é eterno, apesar de ter praticamente renascido em 2004. Mas tem sido justo com seus escolhidos, bondoso com a imprensa e sábio em sua conduta.


Ás vezes demoramos a entender toda essa devoção dos argentinos com Gardel, Evita e Maradona. Chegamos perto quando falamos em Airton Senna, talvez. Nem com Pelé nós somos tão insanos quanto eles.




Como jogador el Pibe foi um fora de série. Conduziu a seleção alviceleste ao título de 86, deu status de vencedor ao pequeno Nápoli e divulgou o Boca Juniors pelo mundo. Genial dentro de campo tinha uma habilidade acima do normal. Fora de campo se perdeu quando se envolveu com as drogas.


A belíssima campanha da Argentina no mundial aliada ao futebol ofensivo e diferente dos demais adversários vem trazendo fiéis do mundo todo para Maradona. Seu carisma, jamais imaginado pelos céticos mortais devido as ofensas depois do jogo do Uruguai pelas eliminatórias, o transformou no alvo preferido das câmeras e microfones. Seu estilo elegante surpreendeu tanto quanto a sua calma nas coletivas. A FIFA que o odiava, agora comemora a sua vinda.


Ele passa o jogo todo com o time. Faz caras e bocas e sempre quando tem oportunidade ele pega, chuta ou apenas amansa a Jabulani. É o brilho maior da Copa de Mandela.


A vida de Dieguito é como um tango inacabado. A Copa do Mundo talvez seja a harmonia que falta, pois a letra, melodia e arranjo já estão definidos.


Se os deuses do futebol quiserem o sucesso desta competição, vão proteger a Argentina com a mística das equipes vencedoras. Mas como também são imperfeitos, ciumentos e muitas vezes injustos, talvez Maradona não consiga mais esse milagre...

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Videos e comentários de jornalistas sobre as grosserias do senhor Dunga

Comentaristas do Seleção SporTV falam sobre insultos de Dunga em coletiva





Dunga xinga Drogba no final do jogo do Brasil contra a Costa do Marfim





Luiz Mendes pede à imprensa brasileira para não comparecer às coletivas de Dunga






Saiba o que Dunga anda falando na Copa





Dunga xinga jornalistas durante coletiva de imprensa




Dunga demonstra irritação com o juiz no jogo contra a Costa do Marfim





Luiz Pineda Mendes, conhecido como Luiz Mendes (Palmeira das Missões, 9 de junho de 1924) é um narrador esportivo brasileiro.







Trabalha na Rádio Globo desde 1950, mais recentemente como comentarista da Rádio Globo AM. Em 1995, integrou a equipe de esportes da Super Rádio Tupi, retornando à Rádio Globo em 1999. É conhecido como O comentarista da palavra fácil. É casado com a atriz e radialista Daisy Lúcidi.






Uma vez, declarou em uma entrevista para a televisão, que, enquando narrava o jogo decisivo da Copa do Mundo de 1950, sentiu um baque emocional muito forte logo após o Uruguai marcar o gol da vitória, e, consequentemente, do título da seleção celeste, considerando que era quase impossível para alguém acreditar que o Brasil perderia a Copa do Mundo daquele ano, ainda mais em pleno Maracanã. Mas, apesar de um tanto atarantado, seguiu narrando o jogo normalmente até o final.



Emanuel Tadeu Bezerra Schmidt (Natal, 18 de julho de 1974) é um jornalista e apresentador de televisão brasileiro. Atualmente trabalha na Rede Globo, como apresentador do Fantástico.






Começou a carreira em 1997, na TV Globo, em Brasília. Em 2000, passou a integrar a equipe de esportes da TV Globo no Rio de Janeiro. Nos anos seguintes, participou de coberturas importantes, como a da Fórmula 1 e da Copa do Mundo de 2006. Foi um dos âncoras da cobertura da emissora nos Jogos Olímpicos de Pequim. Teve passagens pelo Esporte Espetacular e pelo Globo Esporte.






Em 2005 tornou-se apresentador do bloco de esportes do Bom Dia Brasil, onde criou uma nova forma de apresentar os gols da rodada e as notícias do esporte. Em 2007, foi convidado a desenvolver um novo formato para o tradicional quadro dos gols do Fantástico. Depois das Olimpíadas de Pequim, Tadeu deixou o Bom Dia Brasil e passou a se dedicar exclusivamente ao Fantástico.






É irmão do ex-jogador de basquete Oscar Schmidt.





Alex Escobar (Rio de Janeiro, 15 de outubro de 1954) é um jornalista brasileiro.







Desde 2003 é comentarista do canal de TV a cabo SporTV e desde 2008 é apresentador de esportes da Rede Globo.






Começou sua carreira no rádio como locutor. Foi o primeiro apresentador do programa de rádio Rock Bola, na época na extinta Rádio Cidade, do Rio de Janeiro.






Participa, entre outros programas do SporTV, do Tá na Área.






Na Rede Globo, desde agosto de 2008 é o apresentador de esportes do Bom Dia Brasil, anteriormente sendo comentarista de esporte do Bom Dia Rio.






Em abril de 2009 começa a integrar a equipe de apresentadores do Globo Esporte, substituindo Glenda Kozlowski esporadicamente.

Uma vitória ofuscada por Dunga

Caros amigos, juro que eu gostaria de escrever apenas sobre a quase heróica vitória da seleção brasileira que consequentemente garantiu a classificação dos comandados de Dunga para a segunda fase da Copa do Mundo.




Apesar de não ter sido uma apresentação que a tradição da camisa amarela é capaz, o que se viu foi o máximo que pode render os jogadores convocados que executam perfeitamente a proposta de jogo que seu treinador adotou. Mesmo assim o Brasil continua sendo favorito até mesmo pela inoperância dos concorrentes em uma Copa de nível técnico fraco e sonolento.



O leite já foi derramado e não podemos mais chorar a falta de Paulo Henrique Ganso, Ronaldinho Gaúcho, Neymar, Hernanes, Pierre e tantos outros. Para quem acha que torcer pela seleção brasileira sem enxergar os seus conceitos e valores é o mais puro patriotismo, a vida segue.



Porém o que era para ser uma festa se tornou em um lamentável ataque do desequilibrado técnico Carlos Caetano Dunga ao jornalista Alex Escobar e também ao povo brasileiro de um modo geral. Sem contar das ofensas direcionadas ao atleta Drogba após o jogo. Tudo como esperado...



“Se queres saber o verdadeiro caráter de uma pessoa, dê poder a ela”



Dunga ainda não resolveu o seu problema com o Brasil. Não superou o massacre que sofreu após a Copa de 90 e não entende como a seleção de 82 é mais lembrada e festejada do que a de 94, que ganhou o Tetra. Sua limitação intelectual não dá subsídios para tal feito. É o mesmo que explicar para um argentino que Pelé foi sim muito maior que Maradona. É perder tempo.



Sei que meu Blog e meu Twitter são pequenos e nem sempre tenho razão, mas o que fizeram com a instituição seleção brasileira de 1990 pra cá é desesperador. Jogaram fora a nossa ginga e tentam nos convencer que jogar feio é ter mais chances de vencer. E o Dunga, juntamente com o Ricardo Teixeira, eterno ditador, faz parte desse processo.

 Resumindo...



Como uma quimioterapia, o sucesso de Dunga terá efeitos colaterais ainda mais devastadores para a seleção que por muito tempo desfilou alegria e magia nos gramados do mundo e era orgulho de um povo que se sentia de primeiro mundo quando calçava as chuteiras.




segunda-feira, 14 de junho de 2010

Entrevista com a Jabulani, a estrela da Copa

Polemica, questionada e desprezada. A bola da Copa do Mundo de 2010 vive seus dias de auto-afirmação. Inimiga dos goleiros, a Jabulani abre seu coração e se defende das criticas dos jogadores e lamenta a falta de alguns amores.







Confiram a entrevista:



Estanislau Junior: Jabulani, como você encara as acusações sobre seu peso, seu material e sua bipolaridade na hora do chute?


Jabulani: Primeiramente muito obrigado pela oportunidade de me defender, pois até agora eu sofri calada. O meu peso é o recomendado pela FIFA. Sigo uma dieta rigorosa para manter meus 440 gramas. Nem quando me molho eu engordo, pois não absorvo água de jeito nenhum. Meu material é de primeira. Esses dias eu conversava com minha avó, que esteve na Copa de 70, e ela me disse que se eu estivesse lá o mundial do México seria mais maravilhoso ainda. Eu não sou bipolar, apenas reajo da maneira que me chutam. Sabendo me chutar eu obedeço.

Estanislau Junior: A seleção brasileira te comparou com uma bola de supermercado, uma bola sobrenatural e uma patricinha. Você ficou chateada?


Jabulani: O Julio Cesar me deixou chateada. Logo ele que sabe quase todos os segredos da bola. Luis Fabiano precisa jogar mais para depois falar. Tem passado em branco e agora quer achar culpado. Agora, o seu Felipe Melo é um fanfarrão. Foi considerado o pior jogador do campeonato italiano e fala com a autoridade de um Zidane ou Maradona. E coitada da mulher dele, será que ela é Patricinha? Se não for, olha a Lei Maria da Penha...


Estanislau Junior: E os frangos dos goleiros da Inglaterra e de Gana, como você explica?



Jabulani: Em uma competição de alto nível você tem que estar ligado a todo o momento. Em 82 o goleiro Valdir Peres sofreu com minha mãe. Em 98 o espanhol Zubizarreta passou vergonha com minha tia. Em 2002 o goleiro Seaman não achou a minha irmã. Não gostamos de goleiros, é a nossa missão dar alegria ao povo e esses senhores tentam impedir.

Estanislau Junior: Você encontrou com alguém antes da Copa?

Jabulani: Sim. Disputei o campeonato alemão e o campeonato argentino. Ofereci meus serviços para a seleção brasileira, mas lá tem outra família (patrocínio) e me ignoraram. Você já viu a bola do Paulistão? Ela é bizarra. Vai entender os brasileiros, né. Agora reclamam...


Estanislau Junior: Você tem alguma mágoa do futebol brasileiro?

Jabulani: Tenho! Sou apaixonada pelo Neymar, pelo Hernanes, pelo Ronaldinho Gaúcho e pelo Paulo Henrique Ganso. O Seu Dunga ficou sabendo disso e não os trouxe para a África. Mas eu me vingo, pode deixar!


Estanislau Junior: Você torce por alguma seleção?


Jabulani: Não! Eu carrego as cores de todas as nações e não tenho preferência. Mas gosto de carinho. Gostaria de ter nascido em 82 e ter flertado com a seleção do seu Telê. Até hoje eu acho atraente o Zico, o Sócrates, o Junior, o Falcão... E se eu fosse muito agraciada tinha ainda o Serginho Chulapa para me dar dura e voltar para a realidade.

Estanislau Junior: Gostaria de deixar alguma mensagem?

Jabulani: Sim. Em 1969, a minha avó pediu junto com o rei do futebol, o Eterno Pelé ou Pelé Eterno, mais atenção com as criancinhas. Hoje continuo pedindo mais atenção para as criançinhas e também para o planeta de um modo geral. Não é possível ainda ver tantos desperdícios de alimentos, água e principalmente de craques que ficaram de fora da Copa. Temos que ser guerreiros, mas acima de tudo temos que ser inteligentes também e promover a alegria de cada pessoa desse mundo. Seja ela rica, pobre, velha, nova, enfim, não excluir ninguém.


Estanislau Junior: Muito obrigado pelo carinho e diferente da seleção de dunga, a Jabulani deu entrevista com muito sorriso.

Paraguai suporta a pressão e empata com a Azzurra

E a campeã voltou!



Itália a Paraguai empataram em 1 a 1 na abertura do Grupo F. Um frio impiedoso, campo pesado, muita chuva e as inconvenientes vuvuzelas marcaram um jogo bastante movimentado, mas muito longe de ser um espetáculo. Porém a Itália é assim mesmo, se finge de morta e sempre dá muito trabalho no final.


A grande estrela da Azzurra fez muita falta. Pirlo tem o toque inteligente no meio que desamparou o esquema ofensivo de Macello Lippi com Montolivo, Pepe e Marchisio. O empate foi melhor para o Paraguai. Sorte para os amigos de Cabañas.


O gol paraguaio foi feito por Antolin Alcaraz que venceu a zaga italiana aos 38 min do primeiro tempo quando sua seleção sofria uma pressão considerável da Itália. Por causa desse feito a FIFA o elegeu como o melhor da partida superando De Rossi, o verdadeiro dono do jogo.


No segundo tempo, aos 18 minutos, Pepe cobrou o escanteio e o bom goleiro paraguaio, Vilar, falhou na saída. De Rossi agradeceu o presente e empatou para a Itália. Mas a reação parou por ai. O Paraguai soube suportar a pressão e mesmo o técnico Marcello Lipi adiantando a Azzurra, o jogo ficou com o placar de 1 a 1. Sem o Buffon que foi substituído no intervalo de jogo pelo goleiro Marchetti, Vilar protagonizou excelentes defesas se redimindo da sua falha.


O próximo jogo da Itália será no dia 20, às 11 horas (horário de Brasília), contra a Nova Zelândia em Nelspruit. Já os nossos vizinhos paraguaios terão que mostrar sua regularidade contra a Eslováquia em Bloemfontein, às 08 horas e 30 minutos (horário de Brasília) no mesmo dia.







FICHA TÉCNICA:

ITÁLIA 1 X 1 PARAGUAI


Estádio: Green Point, Cidade do Cabo (AFS)


Data/hora: 14/6/2010 - 15h30 (de Brasília)


Árbitro: Benito Archundia (MEX)


Auxiliares: Hector Vergara (CAN) e Marvin Torrentera (MEX)


Cartões amarelos: Camoranesi (ITA); V. Cáceres (PAR)


Cartões vermelhos: Não houve


GOLS: Alcaráz, 38'/1ºT (0-1); De Rossi, 18'/2ºT (1-1)


ITÁLIA: Buffon (Marchetti, intervalo), Zambrotta, Cannavaro, Chiellini e Criscito; De Rossi, Montolivo, Pepe, Marchisio (Camoranesi, 13'/2ºT) e Iaquinta; Gilardino (Di Natale, 27'/2ºT). Técnico: Marcello Lippi.


PARAGUAI: Villar, Bonet, Da Silva, Alcaráz e Morel Rodríguez; Vera, Victor Cáceres, Riveros e Aureliano Torres (Santana, 14'/2ºT); Valdez (Santa Cruz, 23'/2ºT) e Barrios. Técnico: Gerardo Martino.

A Copa genérica da África do Sul

  Entramos no quarto dia de Copa do Mundo e ainda não vimos um futebol de primeira, salvo a estreia da Alemanha contra a confusa Austrália. A caretice, que era marca registrada da obediência tática alemã, deu lugar ao futebol socialista dos poloneses, Poldoski e Klose, e até ganhou um tempero brasileiro com sabor de Cacau. Quando todos esperavam uma Alemanha fraca, foram surpreendidos novamente. É bom abrir os olhos com uma tradição que sempre freqüenta os primeiro lugares das Copas.



  Na seqüência da competição, na manhã de hoje, a Jabulani deu boas vindas para outra seleção badalada e favorita, a laranja mecânica. Mas o que se viu foi um time comum. A Holanda foi apenas esforçada contra a eterna Dinamáquina (a vapor). O toque preciso, que é exaltado nas transmissões, deixa a seleção holandesa omissa ofensivamente. Talvez a ausência de Robben fez sumir a cereja do bolo. Fica a duvida.


  E os africanos de Camarões? Mesmo com o mais novo lateral-esquerdo do mundo, Eto’o, a partida apenas mostrou mais um fiasco contra os samurais japoneses. A mediocridade impera na Copa. Pelo menos tivemos a festa do goleiro kamikaze Hamidou, de Camarões. Já levou o título de trapalhão, até mesmo porque o nosso goleiro Doni é apenas o segundo reserva.


  Vendo Zidane, Platini, Maradona, Junior, Falcão, Jorginho e outros ex-jogadores fora de campo lá na África, chego a sonhar com uma Copa do Mundo de velhinhos onde a bola é tratada com muito carinho e amor e não maltratada e ridicularizada pelos pseudo-jogadores.


  Enquanto isso no reino encantado dos anões, o Zangado ainda está no poder e com o apoio da bruxa má (Ricardo Teixeira), vamos precisar comer a maçã envenenada para dormir e esquecer essa DitaDunga arrogante e hipócrita.

sábado, 12 de junho de 2010

Deu pro gasto...

Enfim a Argentina estreou na Copa da África. Com três atacantes, Messi, Higuain e Teves, o futebol ousado foi salvo pelo zagueiro Heinze que aproveitou iluminadamente uma cobrança de escanteio. Messi jogou como se espera e Maradona sai na frente para a conquista da Taça.


A Nigéria é uma seleção ousada e não se curvou diante o adversário. Perdeu algumas oportunidades e seu goleiro Enyeama garantiu o placar magro do jogo. Lembrou o grande Michel PreudHomme da Copa de 94. Simplesmente fantástico! Os nigerianos tem futebol para passar de fase e surpreender muita camisa de tradição. Apostem nisso.


Pelo lado porteño, Maradona é um show a parte. Briga com o quarto arbitro, chuta o vento e faz caras e bocas de técnico-ídolo-torcedor.É um símbolo argentino cultuado acima do bem do mal. Diferente da seleção brasileira que não se identifica com Dunga. E a recíproca é verdadeira...




Verón é o gerente do Maradona. Coloca a bola no chão, desfila em campo e enxerga o que a maioria dos mortais não enxergam. É mais importante que o Messi, pois sem ele o craque do Barcelona não ficaria a vontade em campo.


Se a zaga argentina ainda não inspira confiança, o time do Santos prova que se o ataque funcionar isso é apenas um detalhe.


Faltam apenas seis partidas para a grande conquista...


Veremos...






FICHA TÉCNICA


ARGENTINA 1x0 NIGÉRIA


Estádio: Ellis Park, Johannesburgo


Árbitro: Wolfgang Stark (ALE)


Cartões amarelos: Gutiérrez (ARG); Haruna (NIG)


Gol: Heinze (1-0), aos 6'/2ºT)


ARGENTINA: Romero; Gutiérrez, Demichelis, Samuel e Heinze; Mascherano, Verón (Maxi Rodríguez, 28'/2ºT), Di María (Burdisso, 39'/2ºT); Messi, Tévez e Higuaín (Diego Milito, 33'/2ºT)


T: Diego Maradona


NIGÉRIA: Enyeama; Odiah, Yobo, Shittu e Taiwo (Uche, 29'/2ºT); Etuhu, Kaita e Haruna; Obasi (Odemwingie, 15'/2ºT) , Obinna (Martins, 7'/2ºT) e Yakubu


T: Lars Lagerback

Comentário de Estanislau Junior sobre P.H.Ganso no Cartão Verde (03/06/2010)

Se os cientistas pudessem juntar a categoria do Pita, a elegância de Raí, a inteligência de Zidane e a personalidade de Sócrates, teriam um craque completo. Mas eles não podem. Porém Deus, soberano que é, fez Paulo Henrique Ganso e mostrou para o mundo quem manda...




sexta-feira, 11 de junho de 2010

Não celebraram a Jabulani

A Copa do Mundo mal começou e já deixou um gosto amargo para quem espera um espetáculo do tamanho do investimento desse evento. O jogo que envolveu simplesmente três títulos mundiais entre França e Uruguai foi lamentável e não acrescentou nada para a história. Já é candidato a pior jogo da Copa e olha que estamos apenas no primeiro dia. Uma pena.



Sem variações táticas e com uma bu(r)rocracia irritante no meio campo, as estrelas Diego Furlan e Ribery pouco fizeram para justificar uma possível vitória de suas equipes. O “melhor” jogador em campo deu apenas três chutes a gol. Muito pouco. Dolorido como o veneno do escorpião, o empate foi justo e frustrante.


Muitos jogadores desse mundial reclamam bastante da bola, mas é impossível acreditar que profissionais que só fazem isso na vida errem tantos passes curtos, chutem totalmente sem direção e não se posicionam com inteligência dentro de campo. É caso de PROCON!


Com dois empates, África do Sul 1 México 1e França 0 Uruguai 0, o Grupo A promete muito sofrimento até a sua definição. Parreira, que nunca venceu dirigindo uma seleção de outro país em Copas, poderá ser eliminado pela terceira vez seguida pela França, já que em 1998 caiu com a Arábia Saudita e 2006 com o Brasil.


Resta esperar que seleções como a Holanda, Espanha, Argentina ou até mesmo o Brasil aumentem o nível técnico da Copa e que uma delas seja recompensada com o título. Só assim poderemos ter algum motivo para celebrar a Copa da união...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Times ignoram a paz mundial e trocam bombas

A incessante busca pela paz parece que não ter prioridade no futebol, a começar pelas torcidas (des)organizadas que cultuam hinos de guerra quando deveriam apenas cantar homenagens aos ídolos. Declarações infelizes, gestos obscenos e desrespeito com o torcedor também contribuem para a violência, mas esse não é o foco dessa conversa.



Deixando um pouco de lado a seriedade que o assunto merece, as recentes contratações dos clubes pelo mundo viraram verdadeiras bombas com data certa para detonar. O interessante é que a vítima paga para ser lesada. É uma evolução da Síndrome de Estocolmo. Difícil de entender.


O Cruzeiro contratou o centroavante Robert e mandou o Gladiador Kleber para o Palmeiras. Os dois clubes se livraram dos problemas, ou melhor, renovaram os problemas. Kleber não é o jogador que pode contar fielmente por causa da sua personalidade um pouco... Instável. Robert não é um atacante brilhante e sua conduta extra-campo poderá comprometer todo o trabalho. Para piorar a situação o técnico Cuca terá a missão de substituir Adilson Batista no Cruzeiro.






Em Roma o assunto é o imperador Adriano. Como um time da grandeza do Roma pode arriscar tanto em contratar um jogador que abandonou a Inter de Milão, fez o que quis no Flamengo e ainda é suspeito em colaborar como trafico? Gilmar Rinaldi deve ser o melhor empresário do mundo ou é hipnotizador. Só pode!



O Fluminense contratou o zagueiro André Luis para resolver o problema da zaga. Resolver? Sinceramente eu não entendo mais nada.



Já o Vasco da Gama, flertando a Série B, tenta trazer o meia Felipe e o zagueiro Álvaro. Sempre é bom piorar o que está ruim, não é verdade?



Jobson volta ao Botafogo. Uma segunda chance é dada para o atacante. Nesse caso eu espero que não se transforme em uma bomba, pois torço pela sua recuperação. Mas fica a dica: Longe de atrizes globais, hein...



Riquelme, Deco, Ricardo Oliveira, Washington estão na agulha para a sequência do Campeonato Brasileiro de 2010. Alguém arrisca?



Para superar essas autoflagelações só mesmo umas cinco ou seis convocações do técnico Dunga que insiste em sua coerência. O banco de reservas da seleção tem mais poder de fogo do que o exercito dos EUA. Pena que poderá ser “fogo amigo”...

sexta-feira, 4 de junho de 2010

O A.I. 5 da CBF

O espírito guerreiro tão defendido pela comissão técnica da seleção brasileira está tomando proporções preocupantes. Entrevistas com ódio, insinuações provocadoras com caras e bocas irônicas e restrições a imprensa brasileira estão marcando uma comissão que, apesar dos ótimos números até aqui, não tem experiência para lidar com a pressão, cobrança e até mesmo algumas injustiças.



Até o calmo auxiliar Jorginho parece que perdeu o controle. Ele tenta impor um falso patriotismo e não perdoa as criticas que colecionou até aqui. Realmente não dá a outra face para a imprensa, ao contrario, ele acerta uma violenta cotovelada sem dó.


No caso do técnico é muito mais grave. Dunga é a arma de vingança de Ricardo Teixeira, presidente da CBF. Investigado e criticado nos últimos anos, Ricardo Teixeira colocou o Dunga como um leão de chácara e deu uma banana para o povo brasileiro. Mostrou o seu poder e deu o recado. Se apossou de um patrimônio nosso, a seleção.


Já o Dunga, bem no intimo, ainda não se recuperou pelo fardo que assumiu em 1990, com a desastrosa e mercenária seleção dirigida por Lazaroni, mesmo dando a volta por cima em 1994 e até mesmo em 1998. Mas como é rancoroso...


Na convocação ele privou craques aclamados pelos brasileiros e levou seus comparsas. O grupo é fechado como se a seleção brasileira fosse um racha em sua chácara particular. Estilo militar em troca da alegria.


Carlos Caetano Dunga cutucou o a torcida brasileira em uma entrevista comparando o povo do Zimbábue com o nosso povo. “Aqui (Zimbábue) o povo é muito educado e recebeu a seleção com sorriso”. Ou seja, devemos aprender com o país que tem 25% da sua população infectada com o vírus da AIDS, vive em uma ditadura cancerígena desde 1980 e gastou quase U$ 2 milhões em um amistoso demagogo.


Eu particularmente nunca vi uma seleção tão marrenta como essa. Julgam-se deuses e foram fortemente armados para guerra e não para uma festa que é preparada para nossa seleção em quatro em quatro anos desde 1950.



Será muito dolorido se a seleção fracassar na África, mas agora imaginem se esse estilo dungariano levantar a taça?


A alegria democrática do nosso futebol será sufocada pela impiedosa restrição do novo AI 5 da CBF...





Saiba um pouco sobre o A.I.5:


O Ato Institucional Nº5 ou AI-5 foi o quinto de uma série de decretos emitidos pelo regime militar brasileiro nos anos seguintes ao Golpe militar de 1964 no Brasil.


O AI-5 sobrepondo-se à Constituição de 24 de janeiro de 1967, bem como às constituições estaduais, dava poderes extraordinários ao Presidente da República e suspendia várias garantias constitucionais.


Redigido pelo ministro da justiça Luís Antônio da Gama e Silva em 13 de dezembro de 1968, o ato veio em represália à decisão da Câmara dos Deputados, que se negara a conceder licença para que o deputado Márcio Moreira Alves fosse processado por um discurso onde questionava até quando o Exército abrigaria torturadores ("Quando não será o Exército um valhacouto de torturadores?") e pedindo ao povo brasileiro que boicotasse as festividades do dia 7 de setembro.


Mas o decreto também vinha na esteira de ações e declarações pelas quais a classe política fortaleceu a chamada linha dura do regime militar. O Ato Institucional Número Cinco, ou AI-5, foi o instrumento que deu ao regime poderes absolutos e cuja primeira conseqüência foi o fechamento do Congresso Nacional por quase um ano.