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| Senna, o filme |
Emoção, orgulho e saudade...
O filme que homenageia o piloto tri-campeão mundial, Ayrton Senna da Silva, que faria 50 anos de vida nesse ano, é uma viagem a um passado não muito distante e ao mesmo tempo uma reflexão do valor de ser brasileiro. Por não se tratar de uma ficção, cada sorriso e cada lagrima da platéia durante a exibição é uma manifestação sincera e verdadeira.
Com o titulo “Senna: o filme”, a película mostra a forma mais suave de fazer um documentário com imagens e entrevistas inéditas. Os relatos de Reginaldo Leme e Viviane Senna revelam o Ayrton mais humano, porém sempre muito focado em atingir seus objetivos. Sua vida pessoal, apesar do conforto que o cercava, era simples e sua preocupação em ajudar seu povo, sem fazer alarde, era exemplar. Senna não é mais somente um ídolo brasileiro, hoje dividimos a sua obra com o mundo.
O piloto Ayrton Senna era um gênio. Quando mais era pressionado e prejudicado dentro e fora das pistas, mais a sua estrela brilhava. Fez da chuva a sua aliada para se destacar dentre os normais e fez de Alain Prost seu alvo para atingir a excelência. Vencer somente não bastava para Senna, era preciso ser perfeito, irretocável e humilhante.
Questionador quando o assunto era segurança, Senna foi uma pedra no sapato do francês Jean-Marie Balestre, presidente da FIA, Federação Internacional de Automobilismo, no auge da carreira do brasileiro. Mas Balestre sabia que essa pedra era preciosa e que a rivalidade Senna-Prost era fundamental para a divulgação do esporte no mundo. Mesmo com esse respeito silencioso por Senna, Balestre foi injusto e decisivo para o título de 1989 vencido por seu compatriota, Alain Prost. Era o confronto do primeiro mundo elitizado contra o terceiro mundo brasileiro.
O momento mais aguardado e lamentado no filme é o trágico final de semana que tirou Senna de cena. A morte de Ratzenberger, o acidente do novato, Rubens Barrichello, e o carro da Willians que era incontrolável na pista calam a platéia que, mesmo sabendo do final, torce para o ídolo se salvar. Se a equipe de Frank Willians continuasse com as revoluções tecnológicas que deram o campeonato de 1993 para Prost, não teria competição, pois o talento de Senna com aquela máquina seria uma covardia com a concorrência. Por isso mudaram o regulamento e talvez por esse motivo Ayrton Senna pagou com a vida o preço de ser o melhor de todos.
Até hoje procuramos um brasileiro que seja capaz de amenizar essa falta que Senna faz em nossas vidas. Mas cobrar essa divida de Rubens Barrichello e Felipe Massa é injusto e frustrante. Apesar de herdar o legado de Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna, legítimos campeões, os pilotos brasileiros da atualidade são apenas, ou ainda, medianos e coadjuvantes. Massa e Barrichello carregam a marca da submissão a favor dos interesses financeiros da Ferrari, postura sempre combatida por Senna.
Se nos Estados Unidos da América os heróis da ficção são inventados para propagar e maquiar o orgulho americano, nós brasileiros tem um mito que nasceu, viveu, morreu e marcou na vida real com poderes e valores mais legítimos que qualquer protagonista dos quadrinhos.
O filme, de tão simples e verdadeiro, pode ser considerado uma obra-prima que faz do Brasil um lugar especial e único com “um filho que não foge à luta, nem teme, quem te adora, a própria morte”.
Trailler
Ficha técnica
• Título original: Senna
• Gênero: Documentário
• Duração: 01 h 30 min.
• Ano de lançamento: 2010
• Site oficial: http://www.sennaofilme.com.br
• estúdio:Working Title Films / Midfield Films
• Distribuidora: Universal Pictures
• Direção: Asif Kapadia
• Roteiro: Manish Pandey
• Produção: Tim Bevan, Eric Fellner e James Gay-Rees
• Música: Antonio Pinto
• Fotografia: Gregers Salt
• Direção de arte:
• Figurino:
• edição:Chris King e Gregers Sall
Colabore com o Instituto Ayrton Senna
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Estanislau de Oliveira Lima Junior
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São José do Rio Preto SP
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