O clássico entre Real Madri e Barcelona, por si só, ultrapassa as simples linhas do campo e viaja pelos ideais políticos e éticos. Real Madri e Barcelona é o confronto entre a realeza e os plebeus, a eficiência e a beleza e a arrogância contra a seriedade.
É o maior clássico do mundo!
No primeiro jogo da semifinal da Champions League, o time de José Mourinho até conseguiu segurar o Barcelona, de Guardiola, no primeiro tempo. Cautela e marcação esbarravam na posse de bola catalã. Pepe batia para intimidar e Mascherano chegava firme para responder. Messi simplesmente criava espaços.
Mas fazer o simples é bem mais complicado do que se imagina...
Tal é a ideologia desse time merengue que o talentoso e recuperado Kaká não tem espaço. Sem oportunidade, parece que o craque brasileiro destoa dos companheiros brucutus. Apenas Dí Maria e Cristiano Ronaldo, esse por vezes um modelo e não um guerreiro, criam alguma coisa.
Do outro lado, todo jogador que entra no Barcelona joga bem. É mágico. Mesmo sem Iniesta, o Barça dita o ritmo do jogo.
No segundo tempo as expulsões de Pepe e Mourinho determinaram a queda do Real Madri. Mais a vontade e com superioridade numérica, o Barcelona envolveu o adversário como uma naja. Messi marcou o primeiro, depois uma linda jogada de Afellay, aos 76 minutos de jogo.
Dez minutos mais tarde, Messi incorporou o estilo “vídeo game” e deu o tiro de misericórdia no pobre Madri.
Antes da partida, Mourinho disse que existiam três tipos de técnicos sendo os que reclamam do juiz, o que se calam e os que reclamam quando o juiz acerta. Hoje foi criada mais uma categoria: os técnicos arrogantes que abrem mão da história do Real Madri e jogam feito time pequeno, apenas batendo e se defendendo.
No próximo jogo, em Barcelona, bom...
Só falarei para a câmera do Zé Mourinho.
Viva o futebol do Barcelona!