Blog do Lau

terça-feira, 15 de março de 2011
Simplesmente Muricy...
O adeus de Muricy Ramalho agora é o assunto do momento. A saída do melhor técnico do Brasil coloca em xeque a sua conduta, pelos jornalistas cariocas, e exalta o seu profissionalismo e caráter, pela imprensa paulista. Recusar um convite da seleção brasileira para realizar um trabalho no clube e depois abrir mão de um ótimo salário em nome da sua ideologia ainda é um enigma do sujo mundo do futebol. Telê Santana, seu mestre, faria o mesmo.
Expor a falta de estrutura do Fluminense é como cutucar uma ferida que será difícil estancar todo o sangue. O amadorismo do Fluminense valoriza ainda mais a conquista do ano passado no currículo de Muricy. O próximo técnico que comandará o excrete tricolor terá um bomba nas mãos. Já os técnicos de outros clubes que são questionados pela torcida terão uma overdose de pressão no dia-a-dia.
Muricy treinou por muito tempo grandes clubes em termos de estrutura. Encontrou no Internacional uma mentalidade de vanguarda, usufruiu no São Paulo uma realidade competente e achou no Palmeiras um meio termo de competência e investimento. Ficou mal acostumado, para o bem do futebol brasileiro.
Isso não quer dizer que o Fluminense seja pequeno, mas sim ultrapassado. A conquista da Copa do Brasil em 2007 e a final da Copa Libertadores em 2008 foram alcançadas sem Muricy. Porém, esses lampejos poderiam conviver no clube com mais freqüência, se tivesse mais a tal estrutura.
Mesmo assim alguma coisa a mais aconteceu para motivar saída do técnico. A troca de diretoria, a demissão do diretor de futebol de sua confiança, a pressão do patrocinador e os maus resultados esse ano influenciaram Muricy Ramalho, que triste, abandonou o barco antes mesmo de a banda tocar.
Resta aguardar como será o segundo semestre de Muricy e Fluminense. Toda gratidão do clube carioca para o mestre poderá se transformar em ódio com toda exposição de suas fragilidades...
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