Blog do Lau

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domingo, 7 de março de 2010

As bocas nervosas do futebol brasileiro

Os profissionais da imprensa não são unidos, na sua maioria, mas ao mesmo tempo são corporativistas. É meio louco isso, não é. Como diria Humberto Gessinger, é uma paralela convergente.

A mesma definição vale para os jogadores de futebol também. A classe não se une para melhorar as condições de trabalho e, como no passe de mágica, procuram se defender usando demagogia e hipocrisia.

No caso entre Marcos e Neto, poucos comentaram sobre os motivos que levaram o goleiro a desabafar daquela maneira. Um atleta que sempre foi elogiado pela sinceridade e, por muitas vezes, usado para render boas manchetes para os veículos de imprensa.

O craque Neto, por sua vez, é respeitado pelo jeito simples de analisar o jogo. Confesso que mudo de canal quando todo mundo para ele é um jogador extraordinário. Já vi o comentarista da Bandeirantes criticar, sem tantos motivos assim, o zagueiro Chicão e o técnico Émersom Leão por não serem seus amigos. A imparcialidade é deixada de lado, mesmo contra a sua vontade.

Já o santo goleiro Marcos deixou diversamente seus companheiros no paredão, ao declarar o seu ponto de vista nos microfones.

Até onde a imprensa pode criticar ou elogiar demasiadamente os jogadores?

Até onde os jogadores podem se sentirem acima do bem e do mal e não “engolir” as críticas?

Neto e marcos precisam urgentemente se reciclar, pois só o nome não dá sustentação. Os dois erraram no episódio.

E para provar a demagógica união dos jogadores, o goleiro Bruno do Flamengo, aquele mesmo que já bateu na namorada e promoveu uma festinha regada a prostitutas e coisas e tal, defendeu o bebêzão Adriano no incidente do baile funk.

“Quem nunca saiu na mão com uma mulher?”, disse o goleiro em alto e bom som nos microfones de diversas empresas de comunicação.

Nenhum profissional da imprensa teve peito para corrigir o falastrão.

Eu nunca bati em mulher não, cara pálida.

O microfone é uma arma apara quem não sabe usá-la. Pode ser da imprensa ou atleta, tem que ligar primeiro o cérebro para depois falar.

Nota zero na relação de um país que ainda gatinha no profissionalismo exigido, em todos os setores, para uma Copa do Mundo...

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