Blog do Lau

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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O cigano Adilson Batista e os clubes brasileiros

Ele foi o capitão da conquista da Libertadores pelo Grêmio, em 1995, e marcou história no Corinthians em 2000 ganhando o primeiro Mundial de Clubes da FIFA. Como jogador era um líder nato e aliava a sua raça com um excelente posicionamento dentro de campo. Assim era o jogador Adilson.

Encerada a carreira de atleta, o então zagueiro assumia o sobrenome Batista e se aventurava como técnico de futebol. Em dez anos de carreira, acumulou três títulos estaduais com América- RN. Figueirense e Cruzeiro e muitas criticas.

No Cruzeiro foram 170 jogos. Quase conquistou a América novamente em 2009, agora como técnico, mas o Estudiantes de Verón e Cia viraram um jogo que parecia perdido para os argentinos. Talvez esse vice foi o responsável eternizar a desconfiança do trabalho de Adilson Batista.

Talvez...

Poucos treinadores tiveram a chance ele teve. Em menos de 12 meses treinou quatro grandes clubes do Brasil como Corinthians, Santos, Atlético Paranaense e São Paulo. Fracassou em todos.

No Corinthians teve que substituir Mano Menezes, que assumira a seleção brasileira. Comandou o time em apenas 17 partidas. Seu jeito disciplinador esbarrou nas regalias de Ronaldo, Roberto Carlos e Dentinho.

Já no Santos, sensação do futebol brasileiro, sua validade foi de 11 jogos. Apenas uma derrota e um gosto amargo de injustiça.

Comandando o Furacão paranaense, Adilson Batista ficou apenas em 14 rodadas do Brasileiro 2011. Seis derrotas e o risco iminente de rebaixamento pesaram contra o técnico.

Por fim no São Paulo, terceiro grande clube paulista de seu meteórico currículo, durou um pouco mais no cargo. Após 21 partidas e um sexto lugar, fora da zona de classificação para Libertadores, Adilson Batista é demitido sob a alegação de um comandar time acomodado e decadente.

Qual é o seu maior erro?

Insistir com os três volantes ou “inventar” posições e substituições pouco eficientes?

Se por um lado, Adilson Batista não se firma como um técnico de ponta, por outro lado ele é beneficiado com a falta de opção dos clubes em insistir sempre com os mesmos nomes.

Agora é tempo de repensar na carreira e comandar uma equipe fora dos grandes centros de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas e Rio de Janeiro.

Quanto aos clubes, uma lei limitando as transferências dos técnicos de uma mesma divisão, pode acabar com essas aberrações e assim, quem sabe, as categorias de base sejam cuidadas com mais profissionalismo...





Estanislau de Oliveira lima Jr

Blog http://blogdolaujr.blogspot.com/

São José do Rio Preto – SP

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