A Copa do mundo será em nossa terra. Infelizmente
não arruamos a nossa casa de maneira digna para receber nossos hospedes, nossos
filhos andam revoltados e não temos uma estrutura legal para valorizar a nossa
imagem perante o mundo. Pedimos empréstimos para reformar o salão de festas e
com isso deixamos de investir na saúde, educação e na alimentação de nossos
filhos. Talvez por isso tamanha revolta.
Montamos um grupo para defender a nossa bandeira.
Buscamos no passado um comandante para organizar e guiar nossa equipe e com ele
nasceu uma família à parte da nossa família. Uma festa de filhos e primos
distantes do nosso convívio. Interesses obscuros, negócios e afinidade para
representar uma tradição que não tem a mesma magia de antes.
Teremos também filhos que partiram cedo e que
defenderão outros sobrenomes. Por falta de oportunidades, identificação ou o
destino simplesmente os colocou nessa situação. Serão julgados, odiados e
lamentados. Bastardos predestinados a uma possível mancha no álbum da nossa
família.
Desde 1930 essa festa acontece. Já bailamos na casa
dos outros, chamamos os italianos duas vezes para a ultima dança, deixamos os
franceses conduzir a dança algumas vezes e criamos o mito Pelé. Quando
recebemos a festa pela primeira vez, os uruguaios nos calaram, mas fomos o
destaque cinco vezes fora do nosso quintal.
Só sei que quando acabar a festa, teremos que limpar
a sujeira, pagar os empréstimos e fazer hora extra para voltar a dar saúde,
educação e alimentação para nossos filhos. Não desfrutaremos do lucro das
bebidas, refrigerantes e ingressos, porque acreditamos que a FIFA nos fez um
grande favor em nos explorar. Nossas filhas sairão com os convidados e cobrão
por isso. Tomara que não incomodem nossas crianças.
Que assim seja, uma realidade momentânea para um
povo que se quer participará de verdade desse evento.
Alienação com padrão FIFA...
Estanislau
Junior
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do Lau
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