Blog do Lau

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quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Assim como na vida, o futebol é feito de escolhas...

 

No último dia 10, veio a confirmação que o técnico Rogerio Ceni assinava o contrato com o Flamengo. Mesmo garantindo a sua permanência no Fortaleza até o final da temporada, que vai terminar em fevereiro de 2021, o mito deixava o clube que o acolheu duas vezes no meio do caminho pela possibilidade de ganhar títulos com o melhor elenco do Brasil. Foi uma escolha arriscada, com grandes chances de repetir a decepção que teve no Cruzeiro, ao pegar um time no meio da temporada.

 

No mundo paralelo, Fernando Diniz seguia sendo criticado e questionado pelas recentes eliminações do são Paulo, mesmo com o time mostrando evoluções e revelando vários jogadores da famosa Cotia, herança maravilhosa de Juvenal Juvêncio. Então foi a vez de Raí fazer a escolha, manter Diniz contrariando conselheiros, torcedores, imprensa, Lugano e o presidente Leco.

 

E, como capricho dos deuses do futebol, essas escolhas foram ligadas e determinantes para o atual momento dos times. Sem a sombra de Rogério Ceni, Diniz teve tranquilidade e o apoio da torcida, que viu seu ídolo cuidar da sua carreira em um rival direto pela Copa do Brasil. Já o Ceni chegou na Gávia como Jorge Jesus brasileiro, comparação que ele usou estrategicamente para ganhar a torcida rubro-negra. Era a antítese de Domènec Torrent.

 

Mas o Flamengo tinha dívidas com o destino. O clube foi o primeiro a voltar aos treinamentos forçando a barra para o Campeonato carioca voltar. Pode ser por isso o desgaste e as contusões de suas peças-chaves nesse momento. Também perdeu jogadores para a seleção e Rafinha para o mercado grego. E a conta chegou sem a garantia de Jorge Jesus.

 

E o Rogério Ceni embarcou nessa empreitada. E já balança no cargo.

 

Diniz, cuja validade estava no fim, renovou sua confiança e pode, finalmente, ser campeão e assim entrar para história do clube e se firmar no mercado de técnicos na América Latina.

 

Agora resta saber se o futuro presidente do são Paulo vai escolher manter o trabalho de Diniz e o atual presidente do Flamengo vai escolher manter Rogério Ceni até o final da temporada.

 

 

Estanislau de Oliveira Lima Junior

Email: estanislau.10@gmail.com

Twitter: @blogdolau

terça-feira, 10 de novembro de 2020

A ordem é ser São Paulo, contra quem for...

 

O futebol é realmente apaixonante. Mesmo com pandemia, sem publico e sem dinheiro com antes, o cenário é muito dinâmico. Até ontem o Rogério Ceni era uma divindade inquestionada, mesmo treinando o Fortaleza. Agora é o inimigo a ser batido, sem dó e se possível com requintes de crueldade. Assinou com o Flamengo e terá a segunda chance de tirar o São Paulo do caminho do único título que ainda não tem: a Copa do Brasil.

 

Fernando Diniz, até ontem, era apenas um tampão até o fim da temporada. Era uma peça a ser substituída por Rogério Ceni, que sem a atual diretoria, viria para mudar o São Paulo de patamar. Hoje a história girou 180° e tanto Diniz quanto o time, foram ovacionados e pegos no colo da torcida tão impaciente, mesmo o tricolor sendo um dos grandes destaques do Campeonato Brasileiro.

 

As coisas mudam, se transformam e quem não tem resiliência, fica pelo caminho.

 

Rogério Ceni é o único técnico que foi eliminado/classificado na Copa do Brasil. Endureceu com o Fortaleza e agora tem uma constelação milionária nas mãos para tentar ganhar pela primeira vez do seu ex-clube.

 

Já o Diniz, resistiu a pressão das eliminações para o Mirassol e Lanús, carrega nas costas as bobagens da diretoria e o peso do jejum de títulos do clube. Teve apenas um reforço, e que reforço, que foi o atacante Luciano, fruto da troca de Everton com o Grêmio. É o quarto colocado do Brasileirão com três jogos a menos. Goleou o Flamengo, no Maracanã. Ganhou do Palmeiras no estádio palestrino. Está invicto com os rivais paulistas em 2020. Tem a maioria de jogadores da base no time titular.

 

Precisou que o ídolo mandasse o recado que o profissional é o foco atual para a torcida torcer para seu time, como já fez com trabalhos piores comparados com o trabalho de Fernando Diniz.

 

Rogério Ceni será sempre ídolo, mas nunca será maior que o São Paulo. Que ele tenha sorte, mas sem títulos no Flamengo é o novo rico que gasta por moda e não por planejamento.

 

Vamos São Paulo, contra tudo e contra todos...

 

 

Estanislau Junior

 

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