O ano de 2019 foi quase todo do Flamengo. Campeão carioca, ainda
sob o comando de Abel Braga, o clube investiu horrores para formar um
verdadeiro esquadrão. Acertou na contratação de Bruno Henrique, que jogou
demais e trouxe o português Jorge Jesus, que quase foi parar na cidade do galo.
Com dinheiro e a maioria da mídia, o Flamengo só não ganhou a Copa do Brasil e
o Mundial de Clubes.
Porém, no mesmo ano, um incêndio vitimou dez garotos do
ninho do urubu. Sonhos de uma carreira internacional interrompido por chamas,
queimaduras e dor. E o tratamento do clube foi abaixo das expectativas. Frieza
do mundo dos negócios para uma entidade que quer pagar uma fortuna para a
renovação do técnico português. A medida para reparar a perda das famílias é
infinitamente menor da mão aberta do time atual.
Dentro de campo, o jogo contra o Emelec teve um pênalti claro
não anotado para os equatorianos. A sorte acompanhou o time em toda a
Libertadores, até mesmo na final quando foi dominado pelos argentinos do River
Plate. No Brasileiro, vários jogos em campo neutro beneficiaram o Mengo.
A soberba do clube é tanta que prejudicou o ganho dos demais
clubes do campeonato carioca desse ano por se sentir “galáctico demais” para
ganhar como os demais grandes do Rio. A negociação só visa os interesses do
Flamengo e não agrega para salvar o fraco Campeonato Carioca.
É difícil imaginar uma união dos clubes brasileiros se o
clube da moda, atualmente o Flamengo mas já foi o Corinthians, São Paulo e Palmeiras,
não enxergam um palmo longe do próprio nariz.
Mas uma hora a conta chega.
E que os outros clubes se
aprimorem para não transformar o Flamengo, querido da mídia, o único clube de “oto
patamar” e aumentar o abismo e receitas e prêmios em relação aos demais...
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