Eu não os vi jogar, mas admiro. Eu não torço pelos
times deles, mas lamento. Eu não convivia com eles, mas fiquei triste. Eu não
estou tendo um pesadelo, mas gostaria que estivesse.
Hoje Nilton Santos nos deixou. Ele foi escalado por
Deus para jogar ao lado de outros dois Santos: Gilmar e Djalma. A Copa do Mundo
perde seus heróis e a seleção brasileira parte de sua história.
O Brasil deve muito a esses Santos. Encantaram o
mundo, conquistaram a Jules Rimet em uma época clássica e nostálgica. Aquilo
era futebol arte, dizem os sábios e eu no auge da minha ignorância, concordo
plenamente.
Pela idade que tenho, vi apenas os borrões escrevendo
a historia dos campeões mundiais pelo Brasil e agradeço as verdadeiras obras
primas que abriram caminho para a construção da mística da nossa camisa
amarela. Hoje não temos mais espetáculos, crônicas e monstros. Vivemos um tempo
mercenário, artificial e medíocre.
Descansem em paz, Santos. Enquanto isso conto, aos
mais novos que eu, que a tendência do futebol de hoje é físico, força e
disciplina, mas um dia já tivemos magia, amor e classe.
Pena que no ano que vem, onde o Brasil será sede para
a Copa, as homenagens devidas e justas serão póstumas...
Obrigado aos bi-campeões mundiais!
Estanislau Junior
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