Blog do Lau

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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Espanha de Alonso é o Brasil de ontem


O Grande Prêmio da Europa, em Valencia, levou os espanhóis a um mundo que nós brasileiros vivemos com intensidade nas décadas de 80 e 90, sob a regência do maestro Airton Senna da Silva. Crise financeira, desemprego recorde e um piloto com um carro inferior segurando no braço os favoritos em uma corrida, fizeram uma Espanha abrasileirada nesse final de semana.


Choro, alegria e orgulho...


É uma heresia comparar qualquer piloto em qualquer tempo com Airton, mas o feito do espanhol Alonso foi, digamos, um momento Senna.
Ao ver o ferrarista comemorar com seu publico, segurar a bandeira de seu país, vencer e se emocionar no pódio, nos fez olhar com mais decepção os dois representantes brasileiros na Formula 1.


 Felipe Massa, companheiro de equipe de Alonso, há tempos não empolga. Sempre culpando o carro, a equipe, os pilotos e o acaso, Massa faz da submissão e incompetência a atual marca dos brasileiros, herdeiros de Rubens Barrichello. Apenas funcionários do mês e não guerreiros com sede de vitória.


Já Bruno Senna, sobrinho do ídolo, pilota o carro da ultima equipe do tio e, para nossa decepção, não é genial, é apenas mais um piloto comum.


Com o melhor futebol do mundo, um tenista rei do saibro, um piloto de formula 1 diferenciado e uma grande crise financeira, a Espanha é o Brasil de ontem, mas com uma diferença:
Eles estão na Europa...




Estanislau Junior
São José do Rio Preto-SP



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domingo, 10 de junho de 2012

Maradona e Messi: a diferença entre a loucura e a lucidez


Quando terminou o amistoso entre Brasil e Argentina, muitos pachecos foram obrigados a reverenciar o craque Messi e admitir que, no momento, é uma heresia compará-lo com acrobático Neymar. O argentino agora está desequilibrando também na seleção, desconfiança superada como as marcas, dignas de Pelé, que caem a cada arrancada, seja com a celeste e branca ou com a grená e azul.


Messi ainda tem muito a evoluir. Com apenas 24 anos, o sul-americano de educação européia é o oposto do mito Maradona. Com uma vida regrada e discreta, Messi aparece pelo ótimo futebol e não pelo drama que foi tema da vida de Dieguito. La puga dificilmente se machuca e treina como poucos, por isso que seu físico, apesar da baixa estatura, o torna quase imune as pancadas, encontrões e as marcações dos zagueiros que não sabem como pará-lo.


Mesmo assim, Maradona ainda é o maior de todos para os argentinos. Apesar dos casos de doping, el pibe realizou alguns feitos que deram mais que gols para seu país. Ao vencer a Inglaterra com dois gols, um de mão e o outro como uma obra de arte, Maradona vingou, de certa maneira, a guerra da Malvinas. Ganhou uma Copa do Mundo praticamente sozinho, ameaçou o trono de Pelé e eliminou o Brasil no campeonato de 90, na Itália. Por isso é considerado um deus, mesmo que profano.
Enquanto Maradona se aproxima do seu povo com a origem humilde e erros de conduta, Messi ainda é um estranho no ninho argentino que parece perfeito demais para ser verdade. O deus nesse caso é mais acessível que o mortal genial, ou seja, Dieguito é exclusividade argentina e Lionel é um patrimônio mundial.



Não tenho duvidas que Messi será campeão do Mundo e que seus números serão mais expressivos no final de sua carreira que os de Maradona, mas sair da matemática e entrar no coração do torcedor é preciso ser tão imperfeito como o futebol e seus grandes gênios.


Sorte dos argentinos que tem essa duvida real e não uma atitude midiática desesperada dos brasileiros, portugueses e ingleses...




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