Abel Ferreira não ganhou nada como técnico na Europa.
Seu maior feito foi eliminar o Benfica, de Jorge Jesus, na fase preliminar na
UEFA Champions League. Mesmo assim foi contratado pelo segundo melhor time do
Brasil.
Quando sua nau chegou em terras tupiniquins, Abel
herdou um time com jovens talentos lançados por Luxemburgo e um bom
entrosamento trabalhado por Cebola. Sentou-se na máquina do cassino e em suas
primeiras apostas ganhou os Jackpots da Libertadores e da copa do Brasil.
Então, mudou de patamar...
Foi ao Mundial. Precisou de mostrar evolução e
naufragou em uma inédita quarta colocação. Diante disso, tirou 15 dias de férias
bancada pelo dinheiro da patrocinadora, enquanto os rivais emendavam as
temporadas e preparavam seus times para o começo decisivo da maratona.
Voltou de férias e perdeu duas decisões. Questionou o
calendário, diminuiu a arbitragem e confrontou a imprensa. Foi convencido, por
ele mesmo, que é um gênio. O que era novidade, passou a ser mais do mesmo.
No Paulista, como a diretoria, não valoriza o
campeonato. Classificou na bacia das almas contando com a ajuda do maior rival
e lamentou a vitória diante da Ponte preta, pois terá que trabalhar muito com o
elenco e terá cobranças de desempenho. A maratona de jogos será cruel para os
times e Abel queria essa eliminação para poupar os jogadores.
Agora, se não ganhar o Paulista, qualquer fracasso nos
outros campeonatos será o fim da era Abel.
A banca está esperando a hora de cobrar e ver se
existe méritos de Abel ou se o acaso de Once Caldas e LDU iluminou o time na cabeça
de Breno...
Estanislau de Oliveira Lima Junior
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