Blog do Lau

Blog do Lau

segunda-feira, 31 de maio de 2010

O caso Thiago Ribeiro em detalhes

                                                                   Thiago Ribeiro

 Uma carreira promissora, muito dinheiro e fama. O jovem Thiago Ribeiro, de 24 anos, deixou a simplicidade de Pontes Gestal, interior de São Paulo, para se transformar em um dos principais atacantes da nova geração do futebol brasileiro. Rápido e dono de um chute preciso, Thiago Ribeiro é o artilheiro da Taça libertadores da América desse ano, com oito gols e dificilmente será alcançado, pois concorrente mais próximo que ainda continua na competição é Washington, cinco gols, que anda sem prestigio no São Paulo e não vem sendo relacionado nas partidas.








  Revelado pelo Rio Branco de Americana e com passagens pelo São Paulo, Bordeaux, Al-Rayyan, o atacante, que atualmente defende o Cruzeiro, teve a sua vida marcada no dia 9 de julho de 2008 ao se envolver em um violento acidente de transito que resultou na morte do montador José Antônio de Souza na rodovia Euclides da Cunha, em Tanabi.



Carro do jogador



  Segundo testemunhas, Thiago voltava de uma festa em Votuporanga em alta velocidade dirigindo seu automóvel Astra quando perdeu o controle e atropelou o montador que caminha no acostamento. José Antônio voltava de Sebastianopolis do Sul, onde tinha concluído um serviço, quando teve problemas mecânicos com seu Passat, estacionado no terreno ao lado do acostamento direito da via. O impacto foi tão grande que dilacerou a vitima em cinco pedaços e ainda fez o veiculo do atacante capotar após bater em um barranco. Inexplicavelmente os documentos de José Antonio e de seu veiculo sumiram do local e o mesmo foi levado para Tanabi como indigente.


                                                              
                                                                 Crédito: Estanislau Junior
                                           Vera Lúcia Lourenção de Souza

  Vera Lúcia Lourenção de Souza, 45 anos, viúva do montador, mora em Engenheiro Schmitt e passa por dificuldades para sustentar os quatro filhos, um adolescente de 15 anos, uma menina de nove, um menino de cinco anos e um bebê de apenas 1 ano de dois meses. Ela explica que tentou a conciliação com o jogador, mas não teve sucesso. Ignorada e humilhada pela família e pelo jogador, Vera teve que arcar sozinha com as despesas do funeral e conta que recebeu apenas duas cestas básicas de Thiago Ribeiro, uma no Natal e outra na páscoa. O marido tinha renda fixa de R$ 800, mas não era registrado, que tira o direito de uma aposentadoria para a família. O seguro DPVAT foi concedido para a família do montador.


                                                                  Crédito: Estanislau Junior
                                    Advogada Elianer Aparecida Berrnardo


  Eliane Aparecida Bernardo, advogada de Vera, conta que teve dificuldades em achar o processo. No inquério policial Thiago figura como vítima e a advogada acha muito estranho o fato de apenas o montador ter passado por exame para saber a dosagem de álcool no corpo e o atacante, que ficou internado, não. Ela também fala da dificuldade em conversar com o jogador que pediu para Eliane enviar uma proposta por e-mail, mas esse nunca foi respondido.



  Na ação movida contra o jogador, a advogada pede pagamento de uma pensão mensal equivalente a quatro salários mínimos, no período entre a data da morte e a que a vítima completaria 70 anos, totalizando R$ 783,360 mil, além de indenização de 300 salários mínimos para cada um dos cinco autores, a título de danos morais.






  A primeira audiência sobre o caso está marcada para o dia 8 de junho e o processo tramita na 3ª Vara Cível de Rio Preto. Thiago Ribeiro poderá autorizar uma pessoa para representá-lo na audiência, evitando o encontro com a família de José Antônio de Souza.



  Segundo a assessoria de imprensa, o jogador é inocente e vai se defender das acusações na audiência.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Um choque-rei quase plebeu

O jogo entre São Paulo e Palmeiras, a poucos dias da Copa do Mundo, serviu como um agente químico que revelou a real situação de cada time. Do lado tricolor, uma zaga muito tranquila, um Fernandão em estado de graça e a certeza que o primeiro clássico regional seria enfim batido. Já pelo lado alviverde, um reflexo da amadora diretoria do clube e o medo de uma torcida intolerante e agressiva.


O jogo começou com certo equilíbrio que foi quebrado com a saída de Cleiton Xavier aos 34 minutos. Sem um jogador da importância do camisa 10, o Palmeiras sentiu e recuou para o São Paulo desfilar pelo lado esquerdo com as investidas de Junior Cesar. Detalhista nas finalizações, o tricolor passou perto, mas não venceu o goleiro Marcos. Fernandinho entra aos 42 minutos no lugar de Marlos para formar uma dupla afinada com Ferandão.



No começo do segundo tempo, Fernandinho investe na jogada de linha de fundo, como um ponta extinto pelo futebol bur(r) crático e serve Fernandão para anotar o seu primeiro gol em sua nova casa, o Morumbi.


Sem muitas alternativas, Souza, que substituiu o Cleiton Xavier, foi sacrificado para a entrada do atacante Paulo Henrique. Vendo o adversário recuado, o Palmeiras pressiona o São Paulo em seu campo, mesmo não sendo brilhante, renova a esperança com um pênalti sofrido por Ivo aos 42 minutos do segundo tempo. Ewerthon cobra forte no lado esquerdo e Rogério Ceni defende garantindo a vitória são paulina. Esse foi o sexto pênalti seguido que o Palmeiras perde. Pura característica de um time sem norte e sem expectativas de dias melhores.


Ver o goleiro Marcos com um time tão limitado como esse Palmeiras é como pichar um monumento tombado pela importância de sua história.
Sem nada a ver com isso, o São Paulo mostrou que o Campeonato Paulista foi mesmo uma pré-temporada. Agora o time já definiu o seu planejamento, com os pés no chão, e colhe os frutos da recente hegemonia de uma diretoria séria e entendida do futebol.


FICHA TÉCNICA:
SÃO PAULO 1 X 0 PALMEIRAS


Estádio: Morumbi, São Paulo (SP)

Data/hora: 25/5/2010 - 20h30 (de Brasília)

Árbitro: Marcelo Aparecido de Souza (SP)

Auxiliares: Ednilson Corona (Fifa-SP) e Emerson Augusto de Carvalho (Fifa-SP)

Renda/público: R$ 492.703,18/ 15.522 pagantes

Cartões amarelos: Jean, Hernanes e Richarlyson (SAO); Maurício Ramos e Edinho (PAL)

Cartão vermelho: Cicinho, 47'/2ºT (SAO)

GOL: Fernandão, 9'/2ºT (1-0)



SÃO PAULO: Rogério Ceni, Xandão, Alex Silva e Richarlyson; Cicinho, Jean, Hernanes e Junior Cesar; Marlos (Fernandinho, 44'/1ºT), Dagoberto (Jorge Wagner, 26'/2ºT) e Fernandão. Técnico: Ricardo Gomes.


PALMEIRAS: Marcos, Vitor, Maurício Ramos, Danilo e Gabriel Silva; Edinho, Márcio Araújo, Cleiton Xavier (Souza, 34'/1ºT; depois Paulo Henrique, 33'/2ºT) e Lincoln; Vinícius (Ivo, 22'/2ºT)e Ewerthon. Técnico: Parraga.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

O 10 do São Paulo é o 15

Um trauma enfim foi vencido. Uma sina de não avançar contra adversários compatriotas veio abaixo. O São Paulo enfim se reafirma na temporada 2010.



Depois de amargas eliminações por Internacional, Grêmio, Fluminense e Cruzeiro, o tricolor paulista parece mais maduro na busca obsessiva da Libertadores da América. Enfim a torcida comemorou uma classificação para a semifinal com um bom futebol. A cereja do bolo é o recém-chegado Fernandão.




O 10 do São Paulo é o 15!



Fernandão deu o toque de inteligência e eficiência ao pragmático São Paulo do primeiro semestre. Uma peça com característica impar que completou e contemplou a boa vontade do técnico Ricardo Gomes. É o típico caso de jogar sem a bola.




Agraciado pela sorte no primeiro jogo das quartas de final contra o Cruzeiro e beneficiado com o rigor do arbitro na segunda partida, o São Paulo segue seu destino. O esquema de três zagueiros venceu a queda de braço com o técnico e a moral agora virou uma grande aliada. O campeão voltou...




Já o Cruzeiro de Adilson Batista até encantou, mas ainda não é vencedor. O vice diante do Estudientes da Argentina no ano passado e a eliminação precoce do Mineirão desse ano não justifica o grande investimento da diretoria. Como na vida, resultados são essenciais para atingir o sucesso.




A Libertadores é um torneio que não tem o glamour da Uefa Champions League, mas a estratégia de batalha engrandece cada participante. Ganhar esse torneio é fazer história. O São Paulo ainda sonha.




Pena que uma Copa do Mundo genérica sem o verdadeiro futebol brasileiro (Ganso e Neymar) está no meio do caminho. O próximo capitulo será apenas no segundo semestre.




Bobearam e deixaram o São Paulo chegar. Agora resta aplaudir e lamentar...




FICHA TÉCNICA:


SÃO PAULO 2 X 0 CRUZEIRO


Estádio: Morumbi, São Paulo (SP)


Data/hora: 19/5/2010 - 21h50 (de Brasília)


Árbitro: Jorge Larrionda (Fifa-URU)


Auxiliares: Pablo Fandiño (URU) e Maurício Espinosa (URU)


Renda/público: R$ 2.871.619,25 / 52.196 pagantes


Cartões amarelos: Richarlyson, Alex Silva, Rodrigo Souto e Dagoberto (SAO); Marquinhos Paraná (CRU)


Cartões vermelhos: Kléber, 1'/1ºT (CRU)


GOLS: Hernanes, 23'/1ºT (1-0); Dagoberto, 8'/2ºT (2-0)


SÃO PAULO: Rogério Ceni, Alex Silva, Miranda (Xandão, 40'/2ºT) e Richarlyson (Jean, 38'/2ºT); Cicinho, Rodrigo Souto, Hernanes, Marlos e Junior Cesar; Dagoberto (Fernandinho, 30'/2ºT) e Fernandão. Técnico: Ricardo Gomes.


CRUZEIRO: Fábio, Jonathan (Thiago Heleno, 28'/1ºT), Gil, Leonardo Silva e Diego Renan (Elicarlos, 12'/2ºT); Fabrício (Wellington Paulista, Intervalo), Henrique , Marquinhos Paraná e Gilberto; Thiago Ribeiro e Kléber. Técnico: Adilson Batista.

terça-feira, 18 de maio de 2010

O Hino do Palmeiras é o único que sobrevive...

Antigamente a Sociedade Esportiva Palmeiras era conhecida como a Academia de futebol. Craques como o Ademir da Guia, Dudu, Leivinha, Jorge Mendonça, Leão e tantos outros que desfilavam nos granados brasileiros ganhando títulos e seguidores fiéis do orgulho ítalo-brasileiro, parecem fazer parte de um tempo nostálgico cuja volta é incerta. O verde musgo que amedrontava os rivais com tanta eficiência deu lugar para o desbotado da incompetência. A história, que era respeitada, agora não tem mais valor de barganha.




Depois de um longo jejum de títulos, que castigou a torcida de 1976 a 1993, o Palmeiras precisou vender a tradição de sua camisa por imposição do patrocinador que montou um esquadrão verdadeiramente vencedor. As listras brancas que simbolizada o leite da Parmalat pegava carona na história do clube.



Foi então que o jovem técnico, Vanderlei Luxemburgo, comandou o time que contava com Sérgio, Mazinho, Antonio Carlos, Tonhão, Roberto Carlos, César Sampaio, Daniel Frasson, Edílson, Zinho, Edmundo e Evair para a glória frente ao arquirrival Corinthians. Tudo era fácil, o jogador que despertasse interesse na diretoria era contratado sem muito esforço. Com isso veio o bi-paulista e o bi-brasileiro em 93/94. Sinplesmente histórico.





Como uma forma inteligente de lavar dinheiro, enquanto a Parmalat investia pesado em jogadores a diretoria não se preocupava com o futuro do clube esquecendo a base e a estrutura. Um outro encantador elenco foi formado em 1996 com Velloso, Cafú, Sandro, Cléber, Amaral, Júnior, Müller, Flávio Conceição, Luizão, Djalminha e Rivaldo. Mais um campeonato Paulista na galeria alviverde. Mais uma casca sobre a realidade.



Mas a maior glória desse periodo de parceria com a Parmalat foi a conquista da Libertadores em 1999, com direito a eliminação do Corinthians com São Marcos defendendo o penalti de Marcelinho Carioca na semifinal. O título mundial daquele ano quase foi alviverde, quase. E a torcida nem ligou.



Porém se você planta vento, colhe tempestade. Sem a parceria da empresa italiana o clube não conseguiu montar um bom elenco e foi rebaixado em 2002. Sofrimento e vergonha brindado com o título da Série B em 2003. Logo em seguida a Parmalat sofria com denuncias sobre irregularidades em suas transações. Escandalo puro.



Nem o titulo Paulista de 2008 amenizou a hecatombe que o clube vive atualmente. A saida de Mustafá Conturse e Dela Monica para a posse de Luis Gonzaga Beluzzo prenunciava tempos mais dignos. Porém não foi bem assim...



Com uma parceria (nova) da Traffic com o clube não passava de vitrine de seus produtos, ou seja, jogadores.



Como um parceiro investe e reforça os rivais de maneira tão ou mais eficiente que no próprio Palmeiras? Essa é mais uma das muitas perguntas sem resposta para os palmeirenses.


A briga entre Mauricio e Obina pelo Campeonato Brasileiro de 2009, as declarações irresponsáveis do presidente Beluzzo, a agressão contra Vagner Love que resultou em sua saída, o racismo de Danilo e a ingratidão e o abandono de Diego Souza que se completou com a briga entre o técnico Antonio Carlos e o atacante Robert, mostram a má fase que se instalou no Palestra Itália maltratando uma torcida que não canta e não vibra mais, apenas chora de vergonha.



Em um time fadado a Série B, pela segunda vez, resta apenas esperar que os poucos homens de bem da diretoria alviverde resgate a imponência referenciada no Hino do clube, a única tradição que ainda não foi tirada da Sociedade Esportiva Palmeiras.



Para voltar a ser grande é preciso muito mais do que boa vontade, é preciso amor e respeito com uma instituição que marcou uma geração inteira com conquistas.


O Palmeiras ainda é maior do que todos.



Ainda...

Thiago Alves a um passo de Roland Garros

Buscando o sucesso no saibro que consagrou Gustavo Kuerten, Thiago Alves (108º do mundo) garantiu hoje vaga na segunda rodada do quali de Roland Garros. Alves derrotou o alemão Dominik Meffert por 2 sets a 0, com parciais de 6/1 e 6/3. O próximo adversário do tenista brasileiro será o experiente Gaston Gaudio, ex-Top 10 do mundo e atualmente 198º no Rankig da ATP.




Gaudio, conhecido como El Gato, foi campeão em Roland Garros em 2004 ao bater o seu compatriota Guillermo Corria por 3 sets a dois depois de estar perdendo por 2 a 0.



Já o Thiago Alves espera voltar ao Top 100 do mundo fazendo uma boa campanha do Grand Slan francês.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Estrutura são-paulina x técnicos

Muito elogiado pela estrutura de primeiro mundo, o São Paulo é o clube brasileiro mais vencedor dos últimos tempos. De 2005 a 2009, o tricolor do Morumbi conquistou um Campeonato Paulista, uma Libertadores, um Mundial de Clubes e três Campeonatos Brasileiros consecutivos, além marcar presença em sete Libertadores seguidas com técnicos diferentes. Sempre se curvando a estrutura e hierarquia do clube, os técnicos que passaram nesse período ganharam notoriedade, porém não repetiram o mesmo sucesso em outros clubes.




Emerson Leão comandou o time na conquista do estadual de 2005. Mesmo fazendo uma boa campanha na Libertadores, o treinador alegou uma dívida sentimental com um amigo do Japão e deixou o clube. Voltou para o Brasil no mesmo ano para treinar o Palmeiras. Comandou também o São Caetano, Corinthians, Atlético Mineiro (2x), Santos, AL-Sadd e Sport, sempre com passagens polêmicas. Atualmente está no Goiás e desde então persegue um título para seu currículo.



Campeão da libertadores e do Mundial de Clubes, Paulo Autuori também não repetiu o sucesso depois que deixou o Morumbi. Em 2006 o destino do treinador foi o Kashima Antlers do Japão. Treinou o Cruzeiro, em 2007, e o Grêmio, em 2009, com campanhas medianas, apesar do status que conquistou ao longo da carreira. Atualmente comanda o Al-Rayyan, muito mais pelo lado financeiro do que pela competitividade da profissão.



Mas o caso mais emblemático é o de Muricy Ramalho. Com uma forte identidade com o clube, Muricy foi o primeiro treinador a ganhar três títulos brasileiros consecutivos com o mesmo time. Considerado o melhor treinador do Brasil nesse período, Muricy não resistiu a sua quarta eliminação na Libertadores e caiu. Assumiu o Palmeiras no ano passado e, mesmo liderando o Campeonato Brasileiro em 19 rodadas, não classificou o Palestra nem para a Libertadores, amargando a quinta colocação geral. Agora comandando o Fluminense, Muricy Ramalho não consegue um inicio bom e já convive com várias críticas por causa do desempenho do time.



Manter a hegemonia do futebol brasileiro se deve muito mais pela estrutura e competência a sua comissão técnica fixa, liderada por Milton Cruz, do que o estrelismo de técnicos que ganham fortunas e não inovam em nada.



Ricardo Gomes, mesmo não conseguindo um padrão definido com o bom elenco tricolor, poderá ser campeão da Libertadores desbancando Muricy Ramalho e Vanderlei Luxemburgo, os mais vitoriosos da história recente do futebol brasileiro.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

O Herdeiro de Menotti e Lazaroni

O pênalti desperdiçado por Roberto Baggio na final da Copa de 94 tirou o Brasil de uma fila de 24 anos de jejum sem gritar e se emocionar com um título mundial. Pela primeira vez um país alcançava o Tetra. Pela primeira vez o samba deu lugar para a marcha militar e fez sucesso.


Símbolo dessa seleção, que contava com a genialidade de Romário e Bebeto, o capitão Dunga dava a volta por cima depois do fracasso mercenário da Copa da Itália em 1990. A garra era traduzida pura e simplesmente em combate dentro de campo. Jogar feio era sinônimo de eficiência e objetividade. Dunga, de cabelo arrepiado, era o Schwarzenegger de uma era pouco criativa, mas vencedora.


É claro que não teremos mais uma seleção como a de 70 ou de 82. Também não escutaremos mais um gol narrado por Osmar Santos ou Fiore Gigliotti. Não leremos um poema novo de seu Armando Nogueira e não pintaremos o escudo da CBF nas ruas como antigamente, mas o pouco de alegria e esperança do povo brasileiro foi arrancado sem anestesia pelas mãos do cirurgião sem diploma, Carlos Caetano Dunga, ao barrar Paulo Henrique Ganso, Neymar e Ronaldinho Gaúcho. Até a África do Sul sentiu o baque.


O ser humano não é coerente em sua essência, mudar faz parte da evolução da espécie. Dunga ainda carrega as marcas e mágoas da imprensa brasileira. Talvez o capitão de 94 merecesse mais reconhecimento, mas isso não lhe dá o direito de vingança. Não chamar esses jogadores e encher o escrete brasileiro de volantes limitados, como fora quando jogador, foi golpe baixo.


Caso o capitão Lucio levante a Taça no dia 14 de julho em Johanesburgo, será apenas mais um título do país do futebol. Agora dependendo da campanha e dificuldades no torneio, Dunga entrará para a história como o herdeiro maldito de Cesar Luis Menotti e Sebastião Lazaroni.


Por isso senhor Luis Álvaro de Oliveira, mesmo não sendo torcedor do glorioso praiano, segure no time Paulo Henrique Ganso e Neymar para aliviar um pouco do sofrimento pós-Copa do povo Brasileiro.


Ao contrário da indignação do assistente Jorginho, torcer para que a seleção brasileira alcance êxito na Copa é, acima de tudo, um risco perpetuação da bur(r)ocracia do samba, da ginga e da nossa alegria.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

São Paulo estreia junto com Fernandão no Mineirão

De longe foi a melhor partida do São Paulo no ano de 2010. Com uma zaga consciente, mesmo não contando com o zagueiro Miranda, o São Paulo se impôs em pleno Mineirão, palco que o cruzeiro fora batido apenas duas vezes no ano.


Promovendo a estreia do camisa 15 Fernandão, numero esse que consagrou Hernanes e Jean, o recém-contratado parecia que jogava com o time há décadas. Provou que valeu a insistência e o namoro de ambas as partes desde 2006. Se não for como o chileno Sierra, Fernandão será o ídolo mais precoce da história do clube.


Já o Cruzeiro vinha todo badalado por causa da convocação do meia-lateral Gilberto. Sensação da Libertadores com incríveis 26 gols marcados, a Raposa estava disposta a vencer a melhor zaga da competição.


Mas a vitória tricolor se desenhou ainda no primeiro tempo. Dagoberto marcou o primeiro gol justificando a sua entrega em todos os momentos do jogo. Hernanes, recebendo um passe maravilhoso de Fernandão, marcou o segundo.


Sempre questionado, o técnico Ricardo Gomes foi bem na armação da equipe. Fechou bem o meio campo e deu muita liberdade para Cicinho e Junior Cesar que duelou com Jonathan o tempo todo. Aproximou todas as camadas do time, coisa que o rival Cruzeiro pecou fatalmente.


Boa “estreia” de Gomes.

 Boa “estreia” do time tricolor.


Pelo lado cruzeirense, Adilson Batista escalou mal e substituiu pior ainda. Quando precisava mais do que nunca do gol, tirou Fabrício e colocou o mediano Fabio Santos, quando a torcia queria o meia Roger. Infeliz em uma noite que pode custar a eliminação da equipe. Quando já era tarde, Roger entrou e pouco fez.


Tirando os impedimentos mal marcados que resultaria em um pênalti para o São Paulo e um gol para o Cruzeiro, e a bola na trave de Roger, o resultado foi justo.


Mais um favorito (Cruzeiro) leva o revés dentro de campo na libertadores.


Semana que vem, quem sabe, o São Paulo vencerá um mata-mata na presença de 60 mil torcedores...



FICHA TÉCNICA:


CRUZEIRO 0 X 2 SÃO PAULO


Estádio: Mineirão, Belo Horizonte (MG)

Data/hora: 12/5/2010 - 21h50 (de Brasília)

Árbitro: Oscar Ruiz (Fifa-COL)

Auxiliares: Abraham Gonzales (COL) e Humberto Clavijo (COL)

Renda/público: R$ 1.422.892,04 / 48.602 pagantes.

Cartões amarelos: Jonathan e Roger (CRU); Xandão, Hernanes, Richarlyson, Alex Silva e Dagoberto (SAO)

GOLS: Dagoberto, 23'/1ºT (0-1); Hernanes, 20'/2ºT (0-2).


CRUZEIRO: Fábio, Jonathan, Gil, Thiago Heleno e Diego Renan (Guerrón, 10'/2ºT); Fabrício (Fábio Santos, 16'/2ºT), Marquinhos Paraná, Henrique e Gilberto (Roger, 33'/2ºT); Thiago Ribeiro e Kléber. Técnico: Adílson Batista.


SÃO PAULO: Rogério, Alex Silva, Xandão e Richarlyson; Cicinho (Jean, 37'/2ºT), Rodrigo Souto, Hernanes, Marlos e Júnior César (Jorge Wagner, 34'/2ºT); Dagoberto e Fernandão (Washington 32'/2ºT). Técnico: Ricardo Gomes.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Excluídos Futebol Clube, a seleção anti-Copa

São apenas 23 os jogadores escolhidos para vestir o uniforme de sua seleção e representar o país na mais tradicional disputa entre povos da história da humanidade. Porém, é comum os torcedores não concordarem com as tão faladas listas e com isso sempre algum nome ausente acaba causando certa frustração.


No Brasil o questionamento dos escolhidos já faz parte da nossa cultura, pois vivemos em um país continental e o futebol corre nas veias do brasileiro. Apesar de tudo, os outros países (rivais) também convivem com essa pressão.

E não é que dá até para montar uma seleção se primeiríssimo nível somente com os rejeitados?

No gol

Começando no gol, o goleiro Vitor (Grêmio) ficou bastante decepcionado com a coerência do “gênio” Carlos Caetano Dunga. “Eleito por dois anos consecutivos o melhor goleiro do país, Vitor era do grupo do treinador brasileiro e na ultima hora perdeu vaga para o goleiro Gomes e para o “fantástico” reserva Doni. Incoerência da coerência de Dunga.

Na lateral

Nas laterais grandes jogadores assistirão pela Tv a Copa Bafana Bafana. Wayne Bridge (Manchester City), da Inglaterra, não quis ser convocado. Como lateral ele não poderia de forma alguma levar bola nas costas. Levou, dentro e fora de campo, e não gostou.

Roberto Carlos (Corinthians) é o mais vencedor lateral da seleção brasileira. Marcado pelo episódio da meia, quando o Brasil foi eliminado pela França em 2006, Roberto Carlos joga muito mais que os seus rivais convocados por Dunga. Seria interessante vê-lo comandando os inexperientes à serviço da seleção.

Pelos lados argentinos, Javier Zanetti (Inter de Milão) não convenceu Maradona e também está de fora. Uma surpresa ousada da seleção maradoniana.

Na zaga

Os zagueiros também estão tristes pela não convocação. Miranda (São Paulo) esteve com o grupo de Dunga e perdeu a vaga para o excelente Thiago Silva (Milan). Na lista dos secadores, ou seja, dos sete em stand by, Miranda perdeu o lugar para Alex (Chelsea), que também tem futebol para ir à Copa.

Volantes

Já os volantes argentinos estão chateados com o chefe. Fernando Gago (Real Madri) e Esteban Cambiasso (Inter de Milão), por mais incrível que pareça, não foram convocados. Maradona em sua lista barrou muitos medalhões e corre um risco tremendo na Copa. Uma linha tênue, como está na moda falar, entre o fracasso e o sucesso definirá a idolatria do D10s argentino.

Maldonado (Flamengo) foi prejudicado pelo seu físico e mesmo jogando muita bola, não viajará com a delegação chilena.

No meio Campo

Na armação, criação e magia dos times, uma dó e, em certos casos, um pecado. Riquelme (Boca Jrs) brigou com Maradona e não desfilará nos gramados africanos. Ronaldinho Gaúcho (Milan) também não.

Agora Paulo Henrique Ganso (Santos) é o maior desrespeito que o técnico Dunga fez com o povo brasileiro. Ganso joga como ninguém na seleção e se o bom menino Kaká for surpreendido pela sua pubalgia, o banco de reservas não terá ninguém para fazer a diferença. Totti (Roma) também não defenderá a azurra na defesa do título mundial.

No ataque

E o ataque?

Bom, vamos lá:

Adriano (Flamengo) fez o impossível para não ser chamado. Não querendo mais nada com nada, o imperador foi deposto.

Diego Tardelli (Atlético Mineiro) é o melhor atacante do Brasil na atualidade. Perdeu vaga para o Grafite (Wolfsburg) que jogou apenas 27 minutos. Olha a coerência Dunga!

Alexandre Pato (Milan) pagou o pato por algumas lesões.

Neymar (Santos) merecia sim ir para a Copa, mas talvez essa frustação poderá beneficiar o atacante com o amadurecimento. Desculpe, não achei outra desculpa...

Amauri (Juventus) foi disputado como um ossinho de frango por Brasil e Itália. Tirou a documentação italiana e não foi chamado. É para rir ou chorar?

Karim Benzema (Real Madri) atua mais com o nome do que fazendo gols. Badalado, o jogador atravessa uma boa fase no clube merengue e deve ser negociado após a Copa do Mundo.



Excluídos Futebol Clube


1. Vitor 9Grêmio)

2. Javier Zanetti (Inter de Milão)

3. Alex (Chelsea)

4. Miranda (São Paulo)

5. Fernando Gago (Real Madri)

6. Wayne Bridge (Manchester City)

7. Neymar (Santos)

8. Riquelme (Boca Jrs)

9. Diego Tardelli (Atlético Mineiro)

10. Paulo Henrique Ganso (Santos)

11. Karim Benzema (Real Madri)

Técnico Luis Felipe Scolari

terça-feira, 11 de maio de 2010

Dunga convoca a seleção e Panini deve fazer recall no álbum da Copa

Depois da convocação do “gênio” Dunga, em relação aos 23 convocados para Copa do mundo, vou entrar no Procon para exigir um recall do meu álbum de figurinhas. Entre os jogadores que pousaram para a foto estão André Santos, Ronaldinho Gaúcho e Adriano, esquecidos pelo técnico.


Dunga chamou os seus protegidos e abriu mão de Neymar, Paulo Henrique Ganso e Diego Tardelli. O goleiro reserva Doni ganhou o seu aval e o ótimo goleiro Vitor ficou de fora. Comprometimento contra o bom futebol.


Em meio a tanta “coerência” de Dunga, o que esperar de um futebol bur(r)crático e previsível?


Começamos perdendo a primeira batalha com a convocação e faltam 30 dias para o Brasil perder mais uma Copa do Mundo...


Confira a lista dos convocados de Dunga:







Júlio César
Nome: Júlio César Soares de Espíndola
Data de nascimento: 3 de setembro de 1979 (30 anos)
Clube: Internazionale (ITA)
Jogos: 36
Titular: 35
Gols: 22






Doni
Nome: Doniéber Alexander Marangon
Data de nascimento: 22 de outubro de 1979 (30 anos)
Clube: Roma (ITA)
Jogos: 10
Titular: 10
Gols: 9




Gomes
Nome: Heurelho da Silva Gomes
Data de nascimento: 15 de fevereiro de 1981 (29 anos)
Clube: Tottenham (ING)
Jogos: 4
Titular: 4
Gols: 2






Maicon
Nome: Maicon Douglas Sisenando
Data de nascimento: 26 de julho de 1981 (28 anos)
Clube: Internazionale (ITA)
Jogos: 44
Titular: 39
Gols: 4






Daniel Alves
Nome: Daniel Alves da Silva
Data de nascimento: 6 de maio de 1983 (27 anos)
Clube: Barcelona (ESP)
Jogos: 34
Titular: 10
Gols: 3




Juan
Nome: Juan Silveira dos Santos
Data de nascimento: 1 de fevereiro de 1979 (31 anos)
Clube: Roma (ITA)
Jogos: 30
Titular: 30
Gols: 4




Lúcio
Nome: Lucimar da Silva Ferreira
Data de nascimento: 8 de maio de 1978 (32 anos)
Clube: Internazionale (ITA)
Jogos: 34
Titular: 34
Gols: 2






Thiago Silva
Nome: Thiago Emiliano da Silva
Data de nascimento: 22 de setembro de 1984 (25 anos)
Clube: Milan (ITA)
Jogos: 6
Titular: 3
Gols: 0




Luisão
Nome: Ânderson Luís da Silva
Data de nascimento: 13 de fevereiro de 1981 (29 anos)
Clube: Benfica (ITA)
Jogos: 22
Titular: 17
Gols: 2




Michel Bastos
Nome: Michel Fernandes Bastos
Data de nascimento: 2 de agosto de 1983 (26 anos)
Clube: Lyon (FRA)
Jogos: 3
Titular: 3
Gols: 0




Gilberto
Nome: Gilberto da Silva Melo
Data de nascimento: 25 de abril de 1976 (34 anos)
Clube: Cruzeiro
Jogos: 22
Titular: 20
Gols:0






Gilberto Silva
Nome: Gilberto Aparecido da Silva
Data de nascimento: 7 de outubro de 1976 (33 anos)
Clube: Panathinaikos (GRE)
Jogos: 46
Titular: 43
Gols: 0




Josué
Nome: Josué Anunciado de Oliveira
Data de nascimento: 19 de julho de 1979 (30 anos)
Clube: Wolfsburg (ALE)
Jogos: 26
Titular: 15
Gols: 1




Felipe Melo
Nome: Felipe Melo Vicente de Carvalho
Data de nascimento: 26 de junho de 1983 (26 anos)
Clube: Juventus (ITA)
Jogos: 16
Titular: 16
Gols: 2




Ramires
Nome: Ramires Santos do Nascimento
Data de nascimento: 24 de março de 1987 (23 anos)
Clube: Benfica (POR)
Jogos: 11
Titular: 7
Gols: 0




Elano
Nome: Elano Ralph Blumer
Data de nascimento: 14 de junho de 1981 (28 anos)
Clube: Galatasaray (TUR)
Jogos: 39
Titular: 25
Gols: 6




Kaká
Nome: Ricardo Izecson dos Santos Leite
Data de nascimento: 22 de abril de 1982 (28 anos)
Clube: Real Madrid (ESP)
Jogos: 34
Titular: 30
Gols: 13






Julio Baptista
Nome: Júlio César Clement Baptista
Data de nascimento: 1 de outubro de 1981 (28 anos)
Clube: Roma (ITA)
Jogos: 26
Titular: 11
Gols: 5






Kléberson
Nome: José Kléberson Pereira
Data de nascimento: 19 de junho de 1979 (30 anos)
Clube: Flamengo
Jogos: 4
Titular: 1
Gols: 0




Grafite
Nome: Edinaldo Batista Libânio
Data de nascimento: 2 de abril de 1979 (31 anos)
Clube: Wolfsburg (ALE)
Jogos: 1
Titular: 0
Gols: 0




Robinho
Nome: Robson de Souza
Data de nascimento: 25 de janeiro de 1984 (26 anos)
Clube: Santos
Jogos: 47
Titular: 44
Gols: 16




Nilmar
Nome: Nilmar Honorato da Silva
Data de nascimento: 14 de julho de 1984 (25 anos)
Clube: Villarreal (ESP)
Jogos: 10
Titular: 6
Gols: 7




Luis Fabiano
Nome: Luis Fabiano Clemente
Data de nascimento: 8 de novembro de 1980 (29 anos)
Clube: Sevilla (ESP)
Jogos: 24
Titular: 21
Gols: 19



 
Os números são da "era" Dunga.


Fonte: lancenet

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Carlos Caetano Dunga e a sua coerência...

Amanhã saberemos finalmente quem serão os escolhidos do ex-estagiário e técnico Carlos Caetano Bledorn Verri, o Dunga. Muita expectativa gira em torno da coerência e teimosia do comandante da seleção brasileira que marcou uma era do nosso futebol com pragmatismo, derrotas e vitórias.


Agora como técnico, sua filosofia poderá castigar o torcedor durante a Copa do Mundo, pois os brasileiros ainda estão embriagados com o futebol moleque e brasileiríssimo que o time do Santos jogou até aqui.




Então vamos aos prováveis guerreiros:


Para defender o gol brasileiro, Julio Cesar (Inter de Milão) é nome certo. O melhor goleiro do mundo já garantiu muitas vitórias para a seleção e vive uma fase espetacular. Mas tomara que não precise de seu reserva imediato. Amigo, parceiro e protegido de Dunga, o goleiro Doni, que é reserva do Roma, não construiu uma carreira confiável aqui no Brasil. Vitor, do Grêmio, será o terceiro goleiro.


A lateral direita está bem representada. Maicon e Daniel Alves são os melhores que temos. Sem susto para essa posição.


Já na lateral esquerda a seleção tem um enorme buraco que ronda e assusta o torcedor. Kleber (Internacional), Gilberto (Cruzeiro), Michael Bastos (Lyon), Marcelo ( Real Madri) e André Santos (Fenerbahçe), ainda convenceram. Roberto Carlos (Corinthians) corre por fora.


Na zaga até mesmo Dunga pode acertar em cheio. Lucio (Inter de Milão) é o xerife e merece a faixa de capitão. Juan (Roma), Luizão (Benfica) e Thiago Silva (Milan) estão bem cotados com o chefe. Miranda (São Paulo) espera por um milagre.


Como foi um volante guerreiro, Dunga adora levar os companheiros de posição. Gilberto Silva ( Panathinaikos), Josué (Wolfsburg), Elano (Galatasaray) e Ramires (Benfica) praticamente estão com o passaporte na mão. Acho que uma presença inusitada poderá entrar na lista de volantes. Fabio Simplício (Palermo) pode pintar sim. Eles são necessários em um time, mas o exagero deles é prejudicial na criatividade e armação da seleção. Bem ao estilo Dunga.


E no meio-campo? Está é a posição que o povo mais lamenta a teimosia do treinador. Kaká (Real Madri) irá com toda certeza, mas não vive um bom momento. Uma pubalgia, que abortou a carreira do tenista Gustavo Kuerten, será o maior adversário do jogador. Para substituí-lo aparece o Julio Baptista (Roma), que também é reserva em seu clube. Ronaldinho Gaúcho (Milan) até poderá ser lembrado, o que seria um alento. Paulo Henrique Ganso (Santos) é aclamado pelo povo e pela imprensa, mas como não jogou ainda com Dunga ele tem poucas chances. Hernanes (São Paulo) está praticamente fora.


Para o ataque, Robinho (Santos), Nilmar (Villareal) e Luis Fabiano (Sevilha) continuaram no time. Adriano (Flamengo), Diego Tardelli (Atlético Mineiro), Grafite (Wolfsburg) brigam pela ultima vaga. Neymar dificilmente será lembrado, para desespero dos amantes do bom futebol.


Sinceramente eu acho difícil o Brasil ganhar essa Copa, mas em um torneio de tiro curto tudo é possível, até mesmo o Dunga passar de estagiário a gênio incompreendido.


Que vença o Brasil e não o melhor nessa Copa da África do Sul...

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Eles queriam apenas sorrir...

São quase 100 anos de história e cinquenta anos de espera. É claro que o Sport Club Corinthians Paulista não se resume em Taça Libertadores da América, mas a obsessão por esta conquista ultrapassou todos os limites da paixão e da razão. Oportunistas e marqueteiros prometeram o céu quando não podiam voar tão alto, ou até poderiam, mas não se prepararam para isso.


E o resultado foi mais um duro golpe na fiel torcida...




No ultimo sábado, quando mais de três mil torcedores marcaram presença no treino corintiano, a nação corintiana mostrou que realmente é diferente. Ansiedade, preocupação e medo para um bando de loucos que em todo momento queria apenas... Sorrir.




O Corinthians é um time que eterniza um título estadual, consagra jogadores que conquistaram pouco e venera até que não ganhou nada. É difícil entender essa mística, principalmente apenas observando pelo lado de fora, à distância.




Por ser do povo o Corinthians é alvo de muitos golpes covardes sua história recente. Órfão de Vicente Matheus, talvez o único que não se enriqueceu ás custas do clube, sempre o mesmo bando (que de loucos não tem nada) é quem monopoliza o poder. Falar de Alberto Dualib, Roque Citadini, kia Joorabchian, Andrés Sanches e Mario Gobbi, é falar de variações de um mesmo tema ou mutações de um mesmo vírus.




Portanto torcedor corintiano, o momento é triste, mas a vida continua sem nenhuma ressalva e da mesma forma que o a Libertadores nunca conquistou o Corinthians, a Copa do Mundo não conquistou Zico, Falcão, Junior, Sócrates e Pelé.




Até esse momento a história tinha que ser assim...

terça-feira, 4 de maio de 2010

E o São Paulo sobrevive na Libertadores...

O São Paulo deve agradecer muito ao Corinthians pela vaga conquistada hoje no Morumbi. Venceu com muito sofrimento o time peruano nos pênaltis e continua devendo futebol, mas garantiu a vaga.


Ainda na fase de grupos o time de Mano Menezes teve o poder de escolher o seu adversário e traçar uma estratégia inteligente. Uma derrota contra o Cerro Porteño deixaria o Flamengo para o São Paulo e alvinegro do Parque São Jorge jogaria contra o Universitário, vitima de hoje, ou San José do México. Preferiram vencer a partida e jogar deixar uma vaga de bandeja para o tricolor.


Semelhante ao ano passado quando venceu por W.O. e passou direto de fase, devido a desistência dos mexicanos por causa da gripe A, o São Paulo ainda sonha com o título.


Já o Corinthians...


Falando um pouco do jogo (ou quase jogo), que confirmou a classificação são-paulina, duas mudanças na escalação foram as apostas do técnico tricolor. Junior Cesar substituiu o destemperado Richarlyson na lateral esquerda e o jovem Fernandinho foi a opção de ataque no lugar de Washington. Tática errada, pois sem um homem de referencia no ataque tricolor, o time peruano teve facilitada a tarefa de se fechar e torce por mais um resultado de 0 a 0, o sexto desse ano na Libertadores.


Aos 19 minutos de jogo Rodrigo Souto cabeceou na trave do gol peruano após aproveitar uma cobrança de escanteio. Um pouco depois, aos 31 minutos para ser preciso, Hernanes assiste Cicinho que entra na área e chuta para bela defesa do goleiro Luis Llontop. E foi só isso no primeiro tempo.


O São Paulo tentava vencer a retranca peruana, mas sem sucesso.







No segundo tempo o “gênio” Ricardo Gomes sacou o Jorge Wagner, que não jogou nada, e colocou o homem de referencia Washington.


E não é que melhorou um pouquinho...


Marlos, sozinho, acertou a trave aos 8 minutos da etapa complementar.


Washington fazia o seu papel de pivô e levava perigo a meta adversária.


Praticamente ataque contra defesa (Mourinho está fazendo escola), o jogo terminou em 0 a 0 forçando as cobranças de penalidades.


Quando o Rogério Ceni errou o pênalti, depois de o Universitário converter a sua cobrança, bateu o medo dos são-paulinos em perder uma vaga para um time medíocre. E bota medíocre nisso!


Mas um ídolo não é eleito por acaso. Ceni defendeu as duas seguintes cobranças e Dagoberto fechou o caixão peruano após a tranqüilidade que Marcelinho Paraíba deixou mantendo a vantagem com o aproveitamento de sua cobrança.


É o São Paulo mais uma vez!


Esperar o Cruzeiro, mais provável, ou o Nacional do Uruguai é a sina do tricolor. Mas uma coisa é certa, o problema do São Paulo não é elenco e sim comando.


E mais uma vez o São Paulo agradece ao Mano Menezes...

domingo, 2 de maio de 2010

Uma final para o trio de ferro ver

Duas partidas com uma vitória para cada time. Um título esteve nas mãos dos santistas e dos andreenses e o risco de jogar um mata-mata coroando uma equipe menos regular. Esse foi o Paulistão 2010.


O Santos não entrou na dança do rodízio que o Ricardo Gomes e o Mano Menezes, dois “gênios”, fizeram. Contratou pouco e certo. Privilegiou as revelações de uma base que não para de dar alegria e dinheiro para o clube. Dançou a dança da eficiência, leveza e objetividade.


Já o Santo André apostou no trabalho duro. Abalado com o descenso para a Série B do Campeonato Brasileiro, não se acomodou com a situação. Mostrou para o Brasil caras novas e não respeitando os grandes. Mereceu o vice-campeonato. Depois do Santos, o Santo André foi realmente o melhor do campeonato.


Muitos vão dizer que o Paulista não vale nada e o que importa é a Libertadores e blá, blá, blá. Mas o profissional deve encarar todo jogo como o seu ganha pão, ou você que trabalha no comércio só atende bem o cliente aparentemente rico?


E por falar em Libertadores o time do São Paulo, que passará facilmente pelo time peruano, e o Corinthians, que está com a corda no pescoço, devem aprender que no futebol é preciso ousar e não apenas se defender e tocar a bola de lado. É possível ganhar jogando bonito e para frente. Serve também para a seleção brasileira.


Parabéns aos finalistas e muito obrigado por me fazer acreditar nem tudo está perdido. Se ainda temos que engolir os técnicos retranqueiros e bur(r)ocráticos, uma nova geração de treinadores como Dorival Junior e Sergio Soares vem para reinventar o futebol brasileiro de gols, gingas e alegria...

Parabéns Santos campeão!


Parabéns Santo André, time de guerreiros!