Blog do Lau

Blog do Lau

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Palmeiras, uma tradição violentada

Realmente a nuvem negra que se instalou no Parque Antártica no final do ano passado ainda não foi embora. E não tem data para sair.

A falta de elenco que o Muricy e a torcida tanto reclamam pode até ser uma justificativa, mas não a causa. Para montar um elenco é preciso planejamento, visão e influencia. Não basta apenas ser um economista renomado.

O calvário palmeirense começou quando a Parmalat firmou parceria com o clube. Na época, com dinheiro fácil, vinham craques de todos os lugares e a base do Palmeiras ficou esquecida. Quando a empresa de leites saiu, o chão desapareceu e a Série B já era uma realidade. Uma dura realidade.

Mustafá mandou no clube durante anos. Chegou a criar um Palmeiras S/A para “Arrudar” o clube. Gastou fortunas com o técnico Wanderlei Luxemburgo para ganhar apenas um Paulista de 2008. Resultado de time pequeno, pois do ano 2000 até 2009 o São Caetano e o Ituano também ganharam um título estadual.

Sempre iludida, a torcida palmeirense recebeu mais uma parceira. A Traffic, o milionário J Hawilla, entrou em cena. Investiu, mas daquele jeito que só venha a nós, o vosso reino não importa. Vendeu Valdivia, Henrique e Keirrison, não comprou o Kleber e trouxe o Muricy no momento que o funcionário Jorginho dava conta do recado. Ao mesmo tempo a “parceira” colocou o Elias no Corinthians, comprou 25% dos direitos federativos do Hernanes, levou o Fernandinho para o São Paulo, agradou o Cruzeiro e tem alguns nomes no Santos. E o elenco alviverde nada.
A torcida, ou parte dela, também contribuiu para o atual momento. Sempre pressionando jogadores, os gênios da torcida uniformizada e nada organizada mandam o centroavante Wagner Love para o Flamengo. Agora depende de Leny e Robert.Gostaram?

Denilson, Roque Junior, Edmilson, Marcão e outros velhinhos só ganharam dinheiro e não jogaram nada. Se fosse uma empresa privada os responsáveis por essas extravagâncias seriam punidos.

Nem vou qualificar ou desqualificar o senhor Luiz Gonzaga Belluzzo. Sem controle emocional ele deixou o seu torcedor íntimo falar mais alto que dirigente e falou fez besteira. Um amador.

Os dirigentes Cipullo e Toninho Cecílio não desempenham bem as suas funções. Não ganharam nada e também não se preocupam com o futuro do clube. Mandou o zagueiro Mauricio embora quando o garoto perdeu a cabeça. Acham um culpado. Perderam um patrimônio.

Amanhã ou depois eles vão mandar o técnico embora, vão contratar mais um jogador que não joga faz tempo e a vida vai seguir. É assim que se resolve.
Em 2011 o Palmeiras lutará pelo segundo título da Copa do Brasil, se melhorar muito, ou pelo segundo titulo da Série B, que financeiramente é mais viável, não é economista Belluzzo?

Pena que a sua tradição não mereça isso e nem mesmo a parte boa da torcida que canta, vibra e chora...

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Baú do Lau: De volta ao passado com Zé Sergio





Esse é o primeiro de uma série ping pong cards que vou compartilhar com meus amigos do lanceactivo e do http://blogdolaujr.blogspot.com/.

O escolhido para abrir essa maravilha é o ping pong card nº 8 que fala do ponta-esquerda José Sergio Presti, o genial Zé Sergio.

Tenho um pouco mais de cinqüenta jogadores de São Paulo, Corinthians e Santos.

Espero que gostem.

Ah, no clássico entre Corinthians e São Paulo, no dia 27 de março, vou fazer um bolão e o prêmio será um ping pong card para o são-paulino ou corintiano que mais fizer pontos.

Aguardem...

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Quando será que o Washington terá o seu valor reconhecido?

No São Paulo Futebol Clube alguns jogadores só tem o seu reconhecimento pelos serviços prestados depois que deixam o Morumbi. Uma massacrante exigência que não se limita apenas na torcida, que tem uma minoria preconceituosa e ignorante, mas também pela conservadora diretoria do clube.

Nos casos mais recentes, o meia Danilo, hoje no Corinthians, chegou a ser lembrado por muito tempo.
Quando jogava no tricolor ele era muito lento, não fazia bem sombra para o eterno ídolo Raí. Depois que saiu, a torcida chorava por seu retorno.

Souza, hoje no Grêmio, também deixa saudades. Mas nunca teve o respaldo necessário, mesmo se dedicando muito e amando o tricolor.

Borges está marcando um gol atrás do outro no Grêmio.

O badalado Kaká passou por maus momentos no São Paulo. Ele não servia para grande parte da torcida são-paulina, mas serviu para o Milan e para o Real Madri que gastou uma fortuna para contratá-lo.
Isso sem falar de Muricy que até hoje eu escuto lamentações sobre sua saída. Principalmente quando Ricardo Gomes parece não assumir a identidade do São Paulo.



Sei que o coração valente não é craque. Não controla a bola nas nádegas e joga para a cabeça como Denílson, Robinho e Ronaldinho Gaúcho, mas marca gols. E como marca. Luta o tempo todo.
Washington foi artilheiro do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil em 2001. Também foi goleador na J League em 2006.No Campeonato Brasileiro foi artilheiro em 2004, pelo atlético Paranaense com 34 gols e pelo Fluminense , com 21 gols em 2008. È o maior artilheiro pós Luis Fabiano.

Eu gostaria de ver a diretoria e a torcida depender de Robert, Bill, Souza, André Lima (bom esse eu já vi), de Somália, Tuta entre outros.

Quando Washington e Richarlyson saírem do São Paulo, quem sabe eles serão lembrados como guerreiros que são e não como perna de pau e, bom, deixa pra lá...

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Sansão: Venceu a alegria...

Dia de clássico é sempre especial. A expectativa de ver um bom futebol era justificada com a magia dos garotos da vila e do possível time titular do Morumbi. O bicho iria pegar... E pegou.

O começo morno era apenas um detalhe que cairia no decorrer da partida. Robinho no banco e Neymar em campo. Pólvora e fogo.

Em uma jogada individual, Mirada faz um pênalti bobo em Neymar. Com muita personalidade, o agora homem Neymar dá uma paradinha na cobrança e humilha o veterano Rogério Ceni. São Paulo 0 x Santos 1.

A alegria no jeito de jogar dos meninos da vila empolga até quem não torce pelo Santos. (Eu).

O primeiro tempo acaba e a fera ainda está presa...

Robinho vem aí...

Na etapa complementar o São Paulo veio melhor. Pressionando o adversário, Hernanes busca o gol. Mas a apatia do técnico Ricardo Gomes contagia o elenco tricolor. Marcelinho Paraíba, no estilo Tiririca, cisca e não leva perigo.

Foi então que Washington sai para a entrada de Cleber Santana. Logo em seguida o Dagoberto se machuca e entra o genérico do Souza corintiano, o terrível Roger. E ele faz o gol, quem diria. São Paulo 1 a 1 Santos.
Foi então que Robinho sai da jaula. Em campo, ao lado de Neymar, ele tenta justificar o carinho da torcida.

Com maior volume de jogo, o São Paulo não consegue marcar. Essa falta de vontade é fatal no jogo.

Jogada de Robinho- Neymar- Robinho e um golaço de letra. A letra do futebol arte, a letra o esquema ofensivo. São Paulo 1 x Santos 2.
Apesar de ter um elenco caro e de qualidade, jogando a bolinha que jogou no clássico o São Paulo não passa da primeira fase da Libertadores. Ao lado do Corinthians, decepções vão se desenhando.

Robinho entrou bem, mas continua mascarado, com a golinha alta...

Mas ele resolve, é o que basta.

Parabéns ao Santos que sob a batuta de Dorival Junior busca o seu espaço no meio dos gigantes, que ainda adormecem em berço esplendido.

Viva o futebol bem jogado! Viva o glorioso alvinegro praiano!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Pátria amada, madrasta querida

O Brasil sempre acolheu bem os esportistas estrangeiros, principalmente os “hermanos” sul-americanos. Alguns deles até se tornaram ídolos em nossos clubes, mesmo o nosso país sendo referencia do melhor futebol do planeta. É o caso dos chilenos Figueroa e Valdívia, dos uruguaios Pedro Rocha e Lugano, dos argentinos Poy e Teves, do equatoriano Quiñones (nossa, esse nome eu me lembrei dele sem querer), do colombiano Rincón, enfim, vários países falando a mesma língua: o futebolês.




Com a valorização da nossa moeda a atual temporada sofreu uma verdadeira invasão dos gringos. Até os clubes do interior apostam nessa solução barata e, ás vezes, prática. Com alguns nomes que eu citarei, uma verdadeira seleção estrangeira é formada, o que pode significar também o enfraquecimento das categorias de base dos, nem tão ricos, clubes brasileiros. Então vamos a ela:



Legião estrangeira



1 - Viáfara (Vitória/ Colombia).



2 - Adrian Gonzales (São Paulo/Argentina) e Figueroa (Palmeiras/Chile)



3 - Cáceres (Atl. Mineiro/Paraguai)



4 - Saavedra (Atlético. GO/ Chile)



5 - Guiñazu (Internacional/Argentina)



6 - Armero (Palmeiras/Colombia) e Escudero (Corinthians/Argentina)



7 – Herrera (Botafogo/Argentina)



8- Pablo Escobar (Mirassol/ Paraguai,Bolivia)



9 – El Loco Abreu (Botafogo/Uruguai)



10 – D’Alessandro (Internacional/Argentina), Petkovic (Flamengo/Servia), Conca (Fluminense/Argentina) e Defederico (Corinthians/Argentina)



11 – Guerron (Cruzeiro/Equador)



Técnico Fossati



Sei que ainda ficaram muitos jogadores fora dessa lista, mas algo deveria preocupar nos clubes de futebol.



A lateral do Palmeiras, por exemplo, não fala português. O ataque botafoguense é platino. O meio campo do Internacional é comandado por argentinos.



Na contramão dessa estatística, os jovens brasileiros vão embora cada vez mais cedo, como é o caso de Breno, Alexandre Pato e Filipe Coutinho.



Se antigamente eram raros os clubes que traziam jogadores de fora, hoje essa quantidade desmedida não tem a mesma excelência técnica que imortalizou algumas eras. Quantidade não é qualidade.



Isso é globalização, amigo...